Roger Schmidt pode ser o primeiro treinador alemão a conquistar o Campeonato ao fim de 89 edições. Um facto inédito que se deve muito mais à fraca tradição de técnicos germânicos em Portugal do que ao insucesso dos antecessores. Na realidade, o ex-comandante do PSV foi apenas o segundo representante daquele país a orientar o Benfica, depois de Jupp Heynckes, que aterrou em Lisboa em 1999 mas aguentou-se apenas uma época e mais cinco jogos da temporada seguinte, tolhido pelos tempos conturbados de Vale e Azevedo. FC Porto e Sporting, os outros crónicos candidatos ao título, nunca tiveram treinadores alemães desde que há campeonato. Se festejar amanhã, no final dos 90 minutos frente ao Santa Clara, o técnico nascido na cidade de Kierspe, do estado da Renânia do Norte-Vestfália, será o primeiro treinador estrangeiro a vencer a competição nos últimos 17 anos, sucedendo ao neerlandês Co Adriaanse, que foi campeão pelo FC Porto em 2005/2006. Posteriormente foram sempre técnicos nacionais a sorrir: Jesualdo Ferreira (três vezes pelo FC Porto), Jorge Jesus (três pelo Benfica), André Villas-Boas (uma pelo FC Porto), Vítor Pereira (duas pelo FC Porto), Rui Vitória (duas pelo Benfica), Sérgio Conceição (três pelo FC Porto), Bruno Lage (uma pelo Benfica) e Rúben Amorim (uma pelo Sporting). A maior série de triunfos de treinadores portugueses na história da principal competição do país. Nos últimos 30 anos os clubes viraram-se mais para os técnicos locais e por isso é preciso recuar 27 anos para encontrar o último estrangeiro bicampeão: Bobby Robson, pelo FC Porto, entre 1994 a 1996. Leia mais na edição impressa ou subscreva a edição digital de A BOLA