Tem razão Roger Schmidt, quando diz, como o fez ontem na conferência de Imprensa de antevisão do jogo em Chaves que «é normal que depois de duas derrotas seguidas se vejam as coisas de maneira diferente». E justifica: «Tiveram de esperar nove meses por este momento, para perdermos jogos e terem um novo assunto para falar.» Na verdade, não foram nove meses, foram mais, foram 12. Com efeito, foi preciso esperar pouco mais de um ano para voltar a ver o Benfica somar dois desaires consecutivos e… com contornos semelhantes. Tal como agora, com FC Porto para a Liga (1-2) e com Inter para a Champions (0-2), no início de abril de 2022, as águias saíam derrotadas da visita a Braga (2-3, a 1 de abril) para o Campeonato e, quatro dias depois, perdiam na Luz com o Liverpool (1-3, a 5 de abril) na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Na altura, ficavam a faltar seis jornadas para o fim da época e, para a Liga, as águias perderiam somente mais cinco pontos - empate com o Famalicão (0-0) e derrota com o FC Porto (0-1), ambos em casa - somando quatro vitórias, na Luz com B SAD (3-1) e fora com Sporting (2-0), Marítimo (1-0) e Paços de Ferreira (2-0).
