SC Braga-Sporting: análise aos jogadores dos leões
Um samurai a pegar no leme do barco viking - Morita foi omnipresente e esteve sempre a empurrar a equipa para a frente; Gyokeres com a força dum leão e num Pote meio cheio de esperança; Coates, mais uma vez patrão em Braga.
A FIGURA - MORITA (nota 7) Com Hjulmand a ocupar uma posição mais fixa à frente da defesa, o japonês ficou com tarefas de 8, as que mais gosta. Foi um autêntico samurai na luta no setor intermediário e assumiu o lema do barco viking, que teve um sueco, Gyokeres, a dar sempre muita profundidade à equipa. Depois da saída de Hjulmand, recuou para 6 e preencheu quase todos os espaços, mas também com a preocupação de alargar vistas á equipa quando esta estava mais contida fruto da pressão bracarense. Cada vez é mais pedra de toque na equipa e aborda todos os jogos fazendo ponto de honra nipónico o de dar tudo até não mais puder. Voltou a ser assim e aposta-se que sempre assim será.
6 Adán - Começou o jogo com uma defesa superlativa a um remate de Ricardo Horta (13’). Depois, demonstrou alguma insegurança na saída a cruzamentos e no jogo de pés, que continua a ser a sua principal. No lance do golo bracarense, talvez se tivesse asas chegasse a bola rematada por Álvaro Djaló...
6 Diomande - Muito concentrado na primeira parte e com um passe perfeito a descobrir Pedro Gonçalves no golo dos leões. Na parte final do encontro, resolveu complicar um pouco e daí ter baixado a nota.
7 Coates- Na época do último título leonino, 2020/2021, arrancou exibição memorável de nota 10 na épica vitória leonina em Braga. Não foi preciso tanto mas mostrou-se, claramente, como o patrão do setor recuado da equipa liderada por Rúben Amorim.
6 Gonçalo Inácio - Após uma boa primeira parte de nível bem aceitável, efetuou grande corte aos 50’ a esconjurar o perigo da sua área. Depois, naquele que é um dos seus pontos fortes, a capacidade passe a lançar a equipa para a frente, falhou.
5 Ricardo Esgaio - Bem a defender, mas mal na vertente ofensiva, com a equipa a prejudicar-se devido a esse fator, pois por diversas vezes apareceu em zona privilegiada para um último passe e, por uma razão ou por outra, não deu o melhor destino à bola.
6 Hjulmand - Em jogo de alta intensidade, deu boa resposta a ocupar os espaços à frente da sua defesa e poderia ter-se estreado a marcar, com um remate colocado, mas Pedro Gonçalves estava em fora de jogo e o golo foi anulado.
6 Nuno Santos - Muito aguerrido a defender, como é habitual mas não tão profundo na vertente ofensiva. Mas, como sempre, deixou tudo o que tinha em campo.
7 Pedro Gonçalves - Ainda não se tinha estreado a marcar esta temporada e fê-lo frente a um dos seus adversários prediletos - passe perfeito à baliza a desviar a bola de Matheus. Encheu aí meio Pote de esperança leonina em conseguir os três pontos na Pedreira, ma s o remate de Álvaro Djaló não estava nas contas. Por essa altura já não estava em campo. E como a equipa perdeu sem o seu discernimento...
7 Gyokeres - O viking liderou o barco ofensivo e, com a força dum leão, e deu imenso trabalho à defesa contrária, sempre a esticar o jogo. Caiu, levantou-se, andou pela esquerda e pela direita e só lhe faltou o golo. Viu um cartão amarelo (27’), passou a ter mais cuidado na utilização dos braços mas nunca se entregou ao destino de não marcar. Não conseguiu, é verdade, mas ficou mais uma prova de que o Sporting acertou na sua contratação.
5 Paulinho - Após três jogos consecutivos a marcar, não teve o melhor regresso a Braga. Esforçou-se, mas apenas isso. Acabou por ser substituído ao intervalo. 5 Edwards - Entrou para a segunda parte e quando Rúben Amorim pedia criatividade, mas sempre numa rotação baixinha. Um momento de luz (57’) a solicitar Gyokeres, mas Matheus impediu o golo do sueco.
5 Geny Catamo - Encostou-se à esquerda e se defensivamente até esteve bem, no ataque tricotou em demasia as jogadas.
4 Daniel Bragança - Entrada desfasada em campo, perdendo muitas bolas em zona proibida. Depois duma paragem dum ano, precisa de readquirir ritmo para que lhe voltem, também, as boas ideias.
4 Trincão - Não deu fluidez ao futebol ofensivo dos leões, não tendo cumprido com um dos itens que Rúben Amorim lhe terá colocado no seu caderno de encargos.
5 Fresneda- Estreia pelos leões já na fase final do encontro e bons indicadores, especialmente pela apetência demonstrada para o ataque. Para quem joga em equipa grande... dá jeito.