SC Braga-Sporting: análise aos jogadores dos 'guerreiros'

Liga SC Braga-Sporting: análise aos jogadores dos 'guerreiros'

NACIONAL04.09.202301:12

No banco estava a pólvora que atirou o leão ao chão 


Álvaro Djaló ainda nem suara a camisola quando marcou grande golo, de livre direto; Banza levou irreverência para o relvado; Fonte foi o patrão em noite histórica para Matheus  

A FIGURA - ÁLVARO DJALÓ (nota 8)

Sete minutos depois de chegar ao jogo - mal tivera tempo sequer para suar a camisola ou sujar os calções com o verde da relva - fez questão de pegar e acariciar a bola para a seguir conquistar uma obra de arte:  Passava o minuto 78’ quando colocou pólvora na ponta da bota para, de livre direto, fazer grande, grande golo e desse modo atirar ao chão o leão que corria para o isolamento no topo da classificação da Liga. Colocou a bola bem pertinho do ninho da coruja, dificultando a ação de Adán, que esperava cruzamento em vez do remate direto. Motivado, fresco obrigou a defesa sportinguista a atenção extrema para evitar perigos ainda mais extremos.      

7 Matheus - Noite histórica, chegando ao jogo 300 na baliza bracarense, ultrapassando Quim, que fez 299. Sem responsabilidade no golo leonino, evitou o segundo quando aos  57’ foi rápido a sair dos postes formando u ma mancha amarela aos pés de Gyokeres, que rematou à figura.

6 Victor Gómez - Andou em constantes viagens pelo corredor direito, introduzindo velocidade e intensidade ao jogo arsenalista. Aos 32’ cruzamento bem direcionado da direita para a área à procura de Ricardo Horta... que falhou o remate por intervenção in extremis de Adán.

6 Niakaté - Travou duelo intenso com o possante Gyokeres, e saiu-se bem neste particular, conseguindo inclusive arrancar um amarelo ao sueco (27’). Não fica isento de responsabilidades no golo leonino (25’) em que falhou a pressão a Pedro Gonçalves, que não perdoou.  

7 José Fonte - Um senhor centralão, comandante do setor defensivo, braço do treinador dentro da equipa, a dar instruções e recomendar calma aos companheiros. Tudo isto pintalgado por exibição importante em diversos momentos, afastando o perigo da zona de intervenção, como aconteceu aos 21’ cortando a bola aos pés de Pedro Gonçalves. Que idade tem mesmo?
 
6 Adrián Marin - Reparte com Niakaté algumas responsabilidades no momento do golo de Pedro Gonçalves, tendo hesitado no momento em que devia ter pressionado a progressão do homem que fez o primeiro golo da noite (25’). Mas aos 73’ salvou a face com grande intervenção aos pés de Edwards, impedindo o remate do inglês.

6 André Horta - Correu, lutou, deixou toda a energia que tinha em campo, batalhando numa zona do terreno muito movimentada. Nem sempre primou pelas melhores decisões, ainda rematou, em esforço aos 32’,  desenquadrado ao lado. Deu tudo o que tinha e quando assim é...

7 Vítor Carvalho - Assumiu o controlo do jogo no miolo, foi ele quem pautou as ações da equipa, ora acelerando, ora contemporizando. Foi o jogador que maior número de passes efetuou na partida (57) e com elevada taxa de acerto. O meio-campo foi dele.

6 Ricardo Horta - Foi o primeiro a mostrar a determinação arsenalista, com remate perigoso (13’) de fora da área em que foi necessária intervenção decisiva de Adán para evitar o golo. Deambulou entre direita e esquerda, em combinações ora com Abel Ruiz, ora com Pizzi.

5 Pizzi - Procurou a ligação com Abel Ruiz para levar movimentos de rotura até junto da zona defensiva  leonina, mas os esforços nem sempre lhe saíram com clarividência. Aos 49’ um remate de ressaca após alívio de Coates acabou por ser um dos momentos de maior frisson que protagonizou. Feitas as contas, pouco para tamanha responsabilidade.

5 Bruma - Arrancadas em força, usando a velocidade ora à direita, ora à esquerda. Mas não foi feliz na finalização: Aos 30’, de ângulo apertado, arriscou o remate que saiu forte mas desenquadrado, tendo Ricardo Horta em boa posição para o golo. Antes, aos 25’ hesitou na pressão a Diomande, deixou muito espaço livre e o central assistiu  para o primeiro golo da noite.

5 Abel Ruiz - Vigiado pela muralha leonina não teve muitos espaços livres para ganhar progressão. No registo apenas um remate (23’) à figura, mas obrigou a vigilância apertada.

6 Banza - Entrou e agitou. Foi sobre ele a falta que deu o livre para o golo do empate 878’). Antes, aos   69’ remate por cima da baliza.

5 Zalazar - Fresco, pressionou os leões na fase do tudo por tudo à procura da vantagem.

- Moutinho - Mais de uma década depois, voltou a jogar na Liga nacional e contra a equipa na qual se formou. Foi discreto, sem tempo para brilhantismos.

- Rony Lopes - Tentou segurar a bola longe da sua área e ajudar na pressão à baliza leonina.