À imagem de Rubén de la Barrera, seu homólogo no Vizela, o técnico do Moreirense, Rui Borges, concorda com o facto de o empate constituir um resultado justo tendo em conta as incidências e o equilíbrio verificado em mais um dérbi do Minho. No entanto, não hesitou quanto a analisar quem merecia ganhar, caso viesse a existir um vencedor. «Foi um jogo muito competitivo, repartido, é um dérbi caloroso, faz parte e é bom. Apesar de tudo, acaba por ser um resultado justo, mas a haver um vencedor penso que deveríamos ser nós, pelas oportunidades e pelos lances de perigo», transmitiu o técnico dos cónegos após o nulo obtido em Vizela, que permite somar mais um ponto num campeonato tranquilo, no qual os seus comandados vêm solidificando o sexto lugar da classificação. Rui Borges saudou ainda a competitividade da partida, que lhe agradou sobremaneira. «Faltou-nos definir melhor no último terço, os únicos lances de perigo que existem no jogo são nossos. Apesar de tudo, foi um jogo com características de que já estávamos à espera, foi um dérbi muito competitivo, com muitos duelos. Numa fase inicial, estávamos expectantes porque não sabíamos o que íamos encontrar e adaptámo-nos rapidamente», avaliou. «Não deixámos o Vizela criar qualquer lance de perigo», salientou o técnico do Moreirense, que enalteceu ainda a estabilidade da sua equipa, que no seu entender se estende desde bem antes da sua chegada ao comando técnico e se conjugou com a sua forma de trabalhar e da equipa técnica que o acompanha, já bem vincada em anteriores projetos no segundo escalão. «As nossas equipas têm sido muito equilibradas em termos de resultados. O Moreirense acaba por ser o seguimento do que tem sido o nosso trabalho de há sete anos até aqui e tenho a sorte de ter um grupo como este», elogiou, orgulhoso por comandar aquela que, até aqui, tem constituído a equipa sensação do campeonato e sublinha a receita para o êxito que se tem verificado em Moreira de Cónegos. Rui Borges considera que grande parte do mérito se deve a «acreditar no trabalho», não poupando nos elogios aos seus pupilos nesta fase tão favorável para o clube minhoto. «Vou enaltecer o grupo até ao fim, mesmo quando as coisas não correrem bem, porque tem uma ambição fantástica, e só tenho de acompanhar a ambição deles e fazê-los acreditar no nosso trabalho, na nossa ideia, na minha palavra. Se acreditarem, é só agarrar-me a eles, porque se for um treinador com bons resultados, tudo devo aos jogadores», reconheceu, com gratidão e humildade.