Rui Águas é o convidado desta semana no Final Cut. No podcast, que tem contado com figuras conhecidas do futebol português, fala sobre a decisão controversa de trocar o Benfica pelo FC Porto. Filho de outra figura lendária do Benfica – José Águas, capitão da mítica equipa que venceu a Taça dos Campeões em 1961 e 1962 –, o antigo avançado crê que o clube lisboeta não honrou o seu pai com o respeito que merecia. «Quando me falam da questão da ida para o FC Porto, eu lembro-me também disso, da maneira como o meu pai não foi tratado», desabafa. O avançado protagonizou uma das transferências mais polémicas em solo lusitano, e não hesita em justificar-se, pondo a família em primeiro lugar: «Em certas alturas, quando temos de olhar por nós e pela nossa família e decidir o que é mais certo ou mais clubista, eu tenho o exemplo do meu pai, que não foi tão valorizado como devia e eu é que ajudei o meu pai. A minha saída do Benfica foi também para ajudar o meu pai» esclarece o mítico goleador. Entre histórias e curiosidades inéditas, revela que conquistar os exigentes adeptos do Benfica foi uma tarefa difícil. Não conseguindo escapar às comparações com o seu pai, é da opinião que a sua «afirmação absoluta» veio com o hat-trick marcado ao Porto, decorria a época de 86/87. Rui Águas deixou também umas palavras sobre os avançados que marcam a atualidade nacional. Vê em Petar Musa um jogador com um estilo semelhante ao seu, e elogia em particular Gyokeres, que considera ser «um achado».
