Ainda não foi desta que o Boavista conseguiu somar os três pontos em casa, mas a equipa de Cristiano Bacci acabou por amenizar esse facto com um empate ante o Farense obtido na alma, e que acabou… por saber a pouco. Numa tarde gélida na Invicta, perante um público sedento de vitórias no Bessa, panteras e leões de Faro mediram forças numa batalha importante nas contas pela manutenção. O bom momento dos algarvios à partida para este jogo contrastava com os dois encontros seguidos sem marcar das panteras. Os homens da casa impuseram o seu jogo desde o início e foi dos pés de Bruno Onyemaechi que surgiu a primeira ameaça, com um remate do meio da rua. Foi perto da meia hora de jogo que o estádio se levantou, num lance em que Bozeník ficou a centímetros do golo. O internacional eslovaco, que ainda não faturou esta temporada, disparou para uma defesa soberba de Ricardo Velho e a bola ainda beijou o poste. Elves Baldé respondeu com um remate perigoso pouco depois, com César a responder à altura com uma bela intervenção. O jogo chegou empatado ao intervalo e, apesar de pautado pelo equilíbrio, a equipa axadrezada somou mais aproximações à baliza adversária. Na etapa complementar, tudo mudou, sobretudo porque os algarvios entraram mais atrevidos e com maior acutilância ofensiva. Marco Matias abriu o ativo aos 52’, após passe de Miguel Menino, já depois de Baldé ter desperdiçado uma oportunidade clamorosa, e os comandados de Tozé Marreco conseguiram tomar conta do jogo. Elves Baldé ficou perto de ‘matar’ o jogo a 15 minutos do fim, com uma jogada individual de levantar o estádio que terminou com mais uma defesa de alto nível de César na baliza das panteras. Os boavisteiros não baixaram os braços e, com muita garra, lutaram até ao fim em busca do tento do empate. A recompensa acabou por chegar ao cair do pano. O capitão Seba Pérez foi derrubado na área pelo recém-entrado Jaime e, da marca dos 11 metros, Reisinho atirou a contar. Explosão de alegria (e de alívio) no Bessa, que suspirava por um golo desde o arranque da época. Os axadrezados correram para colocar a bola no meio-campo e ainda tentaram operar a reviravolta, mas o tempo já era curto. Os dois conjuntos somam um ponto importante na luta pela sobrevivência, mas os algarvios saem da Invicta com um sentimento de amargura.