Famalicão-Sporting 0-3 Rúben Amorim: «Fizemos um excelente jogo»
Treinador do Sporting, em declarações à Spor TV, deu conta da sua satisfação
— O Sporting só marcou na segunda parte mas teve muitas oportunidades na primeira. O que faltou nesse período?
— Sim, tivemos qualidade na chegada, faltou-nos a última definição. Por vezes, foram pormenores que falharam, pois mais perto da baliza temos de pensar mais friamente
mas estivemos bem. A seguir ao nosso golo anulado, perdemos um bocadinho o controlo do jogo, porque tivemos logo uma bola longa, perdemos uma segunda bola a e a seguir há um canto. Isso criou-nos alguma dificuldade, mas acho que ao longo do jogo nós fomos muito competentes, dominadores, estivemos sempre mais perto do golo. Na segunda parte, limitámos completamente o adversário, enquanto na primeira, aqui ou ali, conseguiam sair, mas sem grande perigo. Portanto, um jogo completo. Os jogadores estiveram muito bem, perceberam muito bem o espaço, faltou-nos alguma definição, que já vem sendo o hábito, mas marcámos três golos, não voltámos a não sofrer, fizemos um excelente jogo.
— O Sporting chegou ao intervalo empatado a zero mas não abanou..
—Acho que também ter a ver com fase boa, porque quando vêm umas fases mais difíceis, a bola não entra, e não estava a entrar hoje, torna-se mais difícil. Acho que não abana, porque os jogadores sabem muito bem o que fazer, ou seja, eles estão ali, têm que saber onde está o colega único espaço é que têm que ocupar, é como se fosse mecânico. Ou seja, as coisas podem não aparecer, mas como é mecânico, nós estamos no sítio, nós temos que fazer isto, receber a bola para aqui, e isso ajuda, porque eles não se perdem em pensamentos, que a bola não entra e etc. Eles estão sempre a fazer, digamos, a máquina está sempre a rodar, e depois quando conseguimos bloquear o jogo, aí torna-se um pouco mais fácil. Mesmo a seguir ao segundo golo, voltámos a facilitar um bocadinho, a deixar a bola ali ao redor do nosso meio-campo, nesse aspeto tínhamos que melhorar, mas diria que nós estamos preparados, sabemos que os jogos têm 90 minutos; às vezes marcamos, outras vezes não; mas sabemos muito bem o que fazer.
— Hoje optou por Morita no meio-campo em detrimento de Hjulmand. Porquê?
— Eles entendem bem essa rotatividade no meio-campo; acho que o jogador moderno também tem de perceber que com a quantidade de jogos que está a acontecer, não há bem jogadores titulares, não é possível, senão depois há muitas lesões e há problemas, toda a gente tem que jogar, e acima de tudo eles têm características diferentes. Hoje sabíamos que íamos apanhar um bloco bem fechado por dentro, e a capacidade do Morita e do Daniel Bragança de meterem a bola para jogar com os dois pés, para arrancarem com a bola em espaços curtos: isso era perfeito para este jogo. Depois a basculação, nós pressionámos em 4x4x2, e a basculação tinha de ser mais rápida. Penso que eles estavam mais frescos e têm outra capacidade para chegar mais rápido. E o Hjulmand também precisa descansar, porque senão depois entra numa segunda carga de jogo. Portanto, é como todas as posições, mas ali então não se nota mesmo nada, e portanto é muito feliz um treinador que tem três opções assim.
É impossível parar este Sporting?
— Já falei disto várias vezes, acho que temos muito treino. Esperem até, não esta terça se Deus quiser [Nacional para a Taça da Liga] nem o próximo sábado [Estrela da Amadora] esperem até à outra terça-feira [Man. City] e vão ver a diferença do que é não conseguir travar bem uma equipa;e eles fazerem coisas que nós tapamos de um lado e destapamos. Portanto, basta esperar até à outra terça-feira e vão ver um mundo completamente diferente. Temos é continuar muito focados, não ir nesta conversa do que o Sporting é imparável. Isto muda muito rapidamente. O que nós temos que fazer é não facilitar como fizemos hoje, que é muita reação, defender muito bem, não deixar a bola ir à baliza e estar sempre fazendo as mesmas coisas para marcar golo. Portanto, os jogadores estão de parabéns, mas são nove jogos não é nada.