Está à porta uma nova era no Rio Ave. Depois de, no passado domingo, os sócios terem aprovado (555 votos a favor, 21 contra e 20 abstenções), em Assembleia Geral, a proposta da Direção para a alteração do modelo societário - de Sociedade Unipessoal por Quotas (SDUQ para Sociedade Anónima Desportiva (SAD) -, o tempo é de finalizar todas as burocracias inerentes à entrada dos novos investidores, que tem como figura principal Evangelos Marinakis, empresário grego que é proprietário do Olympiakos e do Nottingham Forest, para que, depois disso, se passe, efetivamente, à ação. É que, além dos 20,5 milhões de euros que o milionário helénico vai investir até junho de 2024 – e que visam suprir dificuldades prementes de tesouraria, bem como assegurar todo o orçamento até final da presente temporada e ainda melhorar as infraestruturas do Rio Ave (estádio e academia, nomeadamente, e que continuarão sempre na posse do clube) -, irá também ser despendida uma verba considerável para o reforço do plantel. Ou seja, Luís Freire irá receber… prendas de Natal. Não propriamente na data que assinala a época festiva, mas uns dias mais tarde. Afinal, a janela de transferências só abre a 1 de janeiro do próximo ano. Nesse sentido, A BOLA está em condições de adiantar que o dinheiro que será canalizado para dotar o grupo de trabalho rioavista de mais soluções não será ‘retirado’ dos tais 20,5 milhões de euros que serão injetados nos próximos meses e, nesse sentido, Marinakis e os seus pares da gestão desportiva irão abrir os cordões à bolsa em janeiro. Sendo que, recorde-se, o Rio Ave vai poder conviver com uma realidade com a qual já não convive há um ano e meio. O clube de Vila do Conde esteve impedido de inscrever jogadores nas duas últimas janelas de transferências (sanção da FIFA devido ao chamado caso Olinga) pelo que, agora, e já com outras condições financeiras, o plantel às ordens de Luís Freire irá poder receber caras novas que aportem qualidade indiscutível ao grupo. Voltando à questão da constituição da SAD, o que seria normal neste caso era que o novo acionista (que passará a deter 80 por cento do capital social, ficando o Rio Ave com os restantes 20 por cento) nomeasse três pessoas para os cargos executivos e que, por inerência, o clube nomeasse os outros dois. Mas esse cenário poderá não ser assim. Ou melhor, será sempre assim, tal como diz a lei, mas Evangelos Marinakis poderá optar por deixar que os cinco membros executivos da nova SAD transitem do clube. E, nesse sentido, A BOLA sabe que é bastante provável que Alexandrina Cruz assuma, também, o cargo de presidente da SAD. Algo que ficará completamente esclarecido quando o processo ficar concluído e nova sociedade que vai passar a gerir os destinos do Rio Ave seja uma realidade. Certo é que Luís Freire vai ser ‘prendado’ em janeiro…
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