O treinador do Vizela, Manuel Tulipa, mostrou-se inconformado com o empate (1-1) da formação que orienta na noite desta segunda-feira, na receção ao Boavista, no encontro que fechou a 28.ª jornada da Liga, disputado no Estádio do FC Vizela. «Não foi o mais inspirado dos jogos do Vizela, mas teve caráter de acreditar até final, e poderia ter vencido. O jogo é bem planeado pelo Boavista: com bola, impediu-nos que a nossa primeira fase de pressão tivesse sucesso. Deixámos muito espaço para a construção deles, mas as oportunidades foram praticamente iguais para os dois lados», considerou, no final do encontro, o técnico dos vizelenses, em declarações à Sport TV. «AO intervalo, falámos. Tínhamos de ter mais energias e o bloco mais compacto para apertar o Boavista. Isso ficou vincado: fomos melhor equipa, dividimos melhor o domínio do jogo. Quando não se consegue ganhar pela parte estratégica, apela-se à parte individual. Vejam a alteração do lateral, do Mateus, pelo Kiki: começámos a ganhar algo ali: a equipa ganhou entusiasmo, e fizemos um jogo mais condizente com o que é o nosso habitual. O resultado ajusta-se ao que se passou no relvado. Boavista fez o seu golo, nós tivemos um lance idêntico na primeira parte e não marcámos. No final, tivemos mais situações mas não fomos eficazes», recordou Tulipa, indiferente ao ânimo pelo sétimo lugar na classificação. «Não podemos ir atrás do ruído que vem de fora. Temos uma constante, um padrão, no nosso jogo. Os nossos jogadores que são cerebrais: comunicam bem e liga bem, estamos habituados a esse jogo. O nosso jogo é de relações. Acabámos por ser eficazes, mas muito mais por ataques na segunda vaga», resumiu o técnico dos anfitriões, feliz pelo médio iraquiano Osama Rashid, de 31 anos, ter marcado, aos 80’, o golo que valeu um ponto mais ao Vizela nesta Liga. «Este golo pode dar-lhe confiança [a Rashid]. É um grande atleta, profissional e excelente pessoa. É completamente merecido este golo», concluiu Tulipa.
