Em final de contrato com o SC Braga, Castro atingiu na terceira temporada ao serviço do clube o maior número de jogos, 35, ainda que o seu estatuto tenha mudado em comparação com as duas épocas anteriores - passou de titular a solução de banco altamente valorizada por Artur Jorge. Uma inversão de papéis que não esvazia a importância que o médio de 34 anos tem na dinâmica da equipa e no equilíbrio do balneário. A renovação, por mais uma temporada, está no horizonte e será tema para uma conversa com a SAD mais para o final da temporada, como aconteceu no ano passado. Ao estatuto de que goza na equipa, Castro junta rendimento e uma paixão pelo jogo que o tornam um modelo a seguir pela muita juventude que vinga no plantel principal. Naturalmente que acima de tudo isto está o enquadramento do jogador no futuro projeto desportivo dos arsenalistas. Nesse domínio, existe uma base de confiança absoluta entre as partes que remete, sem dramas ou colunas de fumo, decisões depois de feito um balanço geral da campanha. Contratado em 2020, depois de sete anos na Turquia, primeiro ao serviço do Kasimpasa e posteriormente do Goztepe, o médio somou um total de 66 desafios nas duas primeiras temporadas no SC Braga - 33 em cada campanha. A diferença para esta época é que passou a ser mais influente como arma de banco. Em 2020/2021 foi titular em 30 jogos e três vezes suplente utilizado. Na temporada seguinte, sinalizou 23 presenças no onze e saltou 10 vezes do banco. Na atual campanha, teve mais aparições, 35, mas só 10 foram na condição de titular. No campeonato, apenas Petar Musa, do Benfica, foi mais vezes suplente utilizado na competição - foi lançado 19 vezes do banco por Roger Schmidt, Castro segue logo atrás, com 18 partidas. O regresso, no final da temporada, de Racic ao clube de origem, o Valência, e a crescente cobiça à volta de Al Musrati, deixam antever mudanças no meio-campo bracarense em 2023/2024, mas Castro parece estar, nesta altura, inserido numa lógica de continuidade. Pelo menos, mais um ano.
