Real Madrid sofre como nunca e ganha como sempre
Carvajal marcou o primeiro golo da final de Wembley. Foto IMAGO

Liga dos Campeões Real Madrid sofre como nunca e ganha como sempre

INTERNACIONAL01.06.202421:58

Carvajal e Vinícius Jr. marcaram os golos que deram ao Real Madrid a 15.ª Liga dos Campeões. Para Carlo Ancelotti é a quinta

Está conquistada a 15.ª para o Real Madrid. O Dortmund foi claramente superior até ao minuto 74, quando Kroos bateu canto e colocou a bola na cabeça de Carvajal para o primeiro da noite. Aos 83 minutos tudo ficou decidido com erro de Maatsen que fez a bola chegar a Vinícius, que rematou cruzado para o tento que dissipou todas as dúvidas. O Real Madrid sofreu como nunca e ganhou como sempre.

Aos  14 minutos, Julian Brandt remata com muito perigo. Courtois não teria hipótese de evitar o golo. Foi a primeira grande oportunidade da final, que teve como respoosta um remate de Vinícius na direita muito por cima.

O Dortmund assumiu o jogo e aos 21 minutos quase marcava, com  Karim Adeyemi a isolar-se procura contornar Courtois, mas não consegue marcar.

Mais flagrante ainda a oportunidade de Niclas Füllkrug, que recolheu passe de Ian Maatsen e rematou aos poste, com Courtois completamente batido. Azar para os alemães.

Vinícius ainda teve cruzamento perigoso, mas Adeyemi voltou a desequilibrar: rompeu pela esquerda, rematou e Courtois defendeu. A recarga de cabeça de Füllkrug sai fraca. Um verdadeiro sufoco.

O Real Madrid teve sempre mais bola que o Dortmund, mas a equipa alemão não só conseguia travar todas as transições ofensivas dos merengues, como conseguiu ganhar superioridade em situação de ataque, o que lhe permitia criar perigo. Edin Terzic preparou muito bem a partida.

O jogo passou depois por uma fase de maior calmaria, mas voltou o Dortmund a levar perigo à área contrária. Sabitzer rematou forte de muito longe a Courtois fez uma grande defesa (42’).

O intervalo chegou com o marcador empatado. Com um Dortmund irreverente, sem medo e a conseguir superioridade em ações ofensivas e o Real a saber sofrer, nunca desmontando o seu esquema.

Nada de novo no início da segunda parte: mais perigoso o Dortmund a ganhar vantagem em situação de ataque e o Real sem conseguir pegar no jogo. O primeiro remate com real perigo da formação espanhola apareceu aos 49 minutos, num livre de Kroos que Kobel defendeu para canto.

Aos 57 minutos foi Carvajal a subir pelo flanco direito e a rematar para defesa d ois tempos de Kobel. Os merengues começavam a subir de rendimento, mantendo, no entanto, algumas dificuldades defensivas, sobretudo quando Adeyemi subia no terreno e se aproximada da área espanhola.

Levava o jogo 63 minutos quando voltaram a fazer estragos os homens do costume: o cruzamento de Adeyemi é perfeito, o cabeceamento de Füllkrug dá muita velocidade à bola. Valeu a grande defesa de Courtois.

O que equilíbrio foi grande nos minutos seguintes, mas o Real ameçou com o lance mais perigoso que teve até este momento: Vinícius faz cruzamento, Bellingham não desvia por muito pouco e a bola sai ligeiramente ao lado. O golo ali tão perto...

Depois. Bem, depois o Real a ser Real. O canto de Kroos é perfeito, Carvajal estava na área sem qualquer marcação e depois de tanto sofrimento coloca a equipa espanhola na frente. Que castigo…

E o segundo quase aparecia aos 77 minutos: Bellingham surgiu isolado, o remate levava o caminho da baliza, mas Schlotterbeck desviou no último instante.

A partir daí o jogo ficou virado de pernas para o ar. Acusou o golpe o Dortmund e o Real passou a ser perigoso praticamente de cada vez que se libertava em transições ofensivas. Aos 80 minutos Kroos voltou a fazer vibrar os adeptos, mas Kobel defendeu bem o livre direto.

Depois foi Camavinga a rematar de longa para defesa fantástica de Kobel e depois Nacho a rematar de cabeça para nova defesa de qualidade.

Até que a final ficou definitivamente decidida. Erro de Maatsen, a bola chegou a Vinícius e o remate cruzado só parou no fundo da baliza. O campeão voltou a ser cruel.

Füllkrug ainda colocou a bola no fundo da baliza, mas o golo foi anulado por fora de jogo. O Dortmund não teve uma pontinha de sorte do início ao fim desta final de Wembley.