Qualquer ponta de lança que fique seis jogos sem ver o seu nome na lista dos marcadores perde confiança e vê aumentar os níveis de ansiedade. Com Gonçalo Ramos não será diferente, ainda por cima tendo a concorrência de um suplente com desejo de mostrar serviço, como Petar Musa. Mas a seca de golos do internacional luso ainda não parece ser suficientemente justificativa para Roger Schmidt deixá-lo no banco. Desde 2 de abril, na vitória por 1-0 frente ao Rio Ave, em Vila do Conde, para a 26.ª jornada da Liga, que Gonçalo Ramos não marca, período que coincidiu com o pior ciclo de resultados da equipa. Tendo em conta que o golo do Benfica apontado ao FC Porto foi autogolo de Diogo Costa, foi no total meia dúzia de partidas em branco, a série pessoal mais negativa da temporada. Neste ciclo o ponta de lança algarvio alinhou num total de 470 minutos contra 58’ de Musa, que em muito menos tempo marcou um golo, no 3-3 em Milão, para a segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Conforto na Luz O internacional croata apresenta boa relação golos/utilização. Descontando o facto de muitas vezes entrar quando os jogos já estão bem encaminhados para os encarnados, Musa tem 0,78 golos por 90 minutos contra os 0,76 golos de Gonçalo Ramos. O jogador de 25 anos contratado ao Boavista só foi titular por duas vezes na Liga e 23 vezes suplente utilizado, tendo apontado cinco golos. «Talvez não jogue tanto quanto gostaria, mas aproveito todos os minutos», afirmou, em março, na primeira concentração na seleção dos Balcãs. Mas Gonçalo Ramos é mais eficaz: precisa de fazer 4,06 remates para marcar um golo na Liga contra 5,4 de Musa e tem melhor percentagem de remates enquadrados (50,7%, ver quadro). Isto já tendo em conta a série de seis jogos em branco, o que deflaciona os registos. Leia mais na edição digital ou na edição impressa de A BOLA.
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