Orkun Kokçu viajou para os Países Baixos e recebeu este domingo, numa cerimónia que decorreu nos arredores da sua cidade natal, Haarlem, a bota de ouro correspondente à eleição da publicação Voetballer para melhor jogador do último campeonato neerlandês, pelo Feyenoord, de onde se mudou para o Benfica por €25 milhões, mais €5 milhões possíveis em bónus por objetivos. A escolha é feita por um júri composto por 35 antigos internacionais do país — como Rud Gullit, Jaap Stam, Makaay ou Rafael van der Vaart — e nunca, em 40 anos de eleição, houve um vencedor tão consensual como o agora camisola 10 do Benfica. Emocionado, o médio internacional turco, de 22 anos, agradeceu a distinção e os votos dos antigos internacionais e também falou do Benfica. A começar pelo grande golo (remate de primeira de fora da área, com a bola a entrar junto ao ângulo superior direito da baliza) que marcou ao Vitória de Guimarães no jogo de sábado passado — foi a estreia do médio a marcar pelos encarnados. «Sei que posso fazer isso porque o fiz com mais frequência no Feynoord. Bati na bola de forma maravilhosa e imediatamente percebi que ela entraria no ângulo superior. O golo foi uma libertação para mim, porque ainda não tinha marcado, queria muito marcar um golo diante do meu público (o jogo foi na Luz). Tive essa sensação muito forte e agora estou mais solto!», contou Kokçu, que, porém, admitiu a necessidade de adaptação naquela que é a sua primeira experiência fora dos Países Baixos: «No Feyenoord, estava acostumado a ter sempre a bola e a dominar os jogos, mas agora estou numa equipa onde há mais jogadores grandes e experientes, que são fortes com bola. Só na minha equipa há dois campeões mundiais. Mas estou a melhorar a cada jogo e acho que o melhor ainda está por vir.»