A Seleção de sub-19 disputa este domingo a final do Europeu em Malta, frente à Itália (20 horas), com o selecionador Joaquim Milheiro a dizer que tudo tem sido estudado ao pormenor. O jogo com esta Itália na fase de grupos estava a ser bastante equilibrado até à expulsão, aos 43’. O que espera ver da parte dos italianos desta vez? - Vai ser um jogo complicado, frente a uma seleção que tem muita qualidade. Itália tem jogadores fantásticos nas mais variadas posições. Portugal tem sempre o máximo respeito pelo adversário, mas tentamos sempre dar o nosso melhor para colocar em campo a nossa forma de jogar, a nossa intensidade e o nosso ADN. Itália mudou um pouco a forma de jogar nos dois últimos jogos, depois da derrota contra nós. Também defrontaram outras seleções, que exigiram outro tipo de abordagem. Trabalhámos muito sobre estas questões no treino desta manhã, e sinto que os meus jogadores compreendem muito bem como joga esta Itália e o que vai ser preciso fazer para ganhar a final. O Joaquim Milheiro fala muitas vezes na importância de «jogar bonito». O que é que «jogar bonito» numa final? - O que eu vejo da parte de quem está de fora, é o reconhecimento do povo português para com esta equipa, mas não é exclusivamente porque ganhamos. É também pela mentalidade desta equipa, pelo sentido de solidariedade, pelo compromisso, pela identidade e pela paixão com que jogam. A nossa ideia de jogo é estar sempre a dar tudo, é viver ao máximo o momento quase como se fosse «o último da nossa vida.» Tenho a certeza de que este é um dos jogos mais importantes para esta geração de jogadores, e eu tenho plena confiança de que vamos ser felizes. Queremos mesmo muito ser campeões da Europa. Qual o impacto que a prestação neste torneio vai ter nas carreiras destes jogadores, mesmo ao nível de clubes? E como é a coordenação da FPF com os clubes? - A relação da FPF com os clubes é fantástica. A nossa forma de trabalhar é em conjunto e não apenas com foco num aspeto ou numa organização em particular. Nós trabalhámos todos em conjunto para beneficiar o desenvolvimento destes jogadores, que são o futuro do futebol português. Mas este trabalho não começa nesta fase. Com esta geração de jogadores, começou há já, pelo menos, cinco anos. Nesta época, esta seleção jogou 13 partidas. Ganhou 12 e empatou apenas uma, frente à Alemanha (2-2), que é uma seleção fantástica. A nossa filosofia é assente nesse trabalho de continuidade que vem desde trás, e tentar melhorar alguns aspetos nesta fase para que possamos sorrir no futuro.
