Arouca: «Queremos ir o mais longe possível na Taça de Portugal»

Em véspera de se estrear como treinador do Arouca e na Taça de Portugal, Daniel Sousa diz não ter «varinhas mágicas», mas salienta que um mau resultado contra o Boavista não irá afetar a «confiança» do grupo

Contratado para, prioritariamente, tirar o Arouca do último lugar da Liga, mas também prosseguir na Taça de Portugal, o novo comandante dos lobos, Daniel Sousa, fez este sábado a antevisão do primeiro teste, a título pessoal e pelo clube, na Taça de Portugal, frente ao Boavista. 

Após agradecer a «forma calorosa e de braços abertos» como foi recebido no clube, técnico abordou os vários aspetos da nova missão em Arouca: «Eu não tenho varinhas mágicas. Sou um empregado do clube e estou aqui com uma ambição muito específica. Acredito muito nos jogadores e é isso que eu vou fazer sempre. O jogo pertence a eles. Estamos aqui para mostrar caminhos, fazer a equipa rolar e lutar pelos objetivos que nos propusemos. Queremos ir o mais longe possível na Taça de Portugal. Quanto ao campeonato, é posicionarmo-nos o mais rápido possível acima da linha de água.» destacou o treinador de 39 anos, antes explicar qual a filosofia de jogo que pretende implementar nos arouquenses: 

«Temos uma forma de trabalhar em função daquilo que temos à disposição. É uma ideia de jogo que passa por ter mais a bola, por ser agressivo e pressionante. Eu costumo dizer que penso o jogo partir do golo. É a partir do golo que começo a desmontar o jogo e é esse o nosso foco, é a partir daí que eu analiso as equipas, monto os treinos e penso o jogo. O plantel é vasto e permite estruturar a equipa em 4-3-3 ou em 4-4-2 e ter os jogadores nas posições corretas. Vamos fixar algumas rotinas, temos de tirar proveito daquilo que está bem feito, apesar dos resultados. Estamos no Arouca há duas semanas, esse tempo ainda é curto para, nesta fase, fazer grandes mudanças estruturais na equipa.»

23 novembro 2023, 23:32

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Em véspera da sua estreia na Taça de Portugal enquanto treinador principal, Daniel Sousa relembrou as «boas memórias» que tem da competição enquanto adjunto de André Villas-Boas e salientou que a «moral» e a «confiança» da equipa não estão dependentes do jogo de amanhã: «Felizmente tenho boas memórias nesta taça quando estava na equipa técnica do André [Villas-Boas]. Todos os jogos são difíceis. Seguramente que vamos encarar todos os jogos da mesma forma, com uma ou outra nuance, mas mantendo a identidade da equipa. Não é um jogo que vai ditar o futuro a curto prazo. Claro que na Taça de Portugal isso acontece, mas o importante é a forma como a equipa vai entrar em campo. Há muitas situações que podem tornar um resultado ingrato, mas a moral e a confiança de uma equipa não estão dependentes de apenas de um jogo.», destacou 

Por fim, o novo técnico do atual último classificado da liga destacou que vai jogar contra o Boavista o onze que estiver «melhor preparado»: «A rotatividade pode estar presente ao longo da época por vários motivos, para dar oportunidades, para descansar jogadores… Neste momento eu entro no Arouca numa fase totalmente diferente. Penso que para o campo tem de ir a equipa que está melhor preparada. Interpreto uma equipa como um canivete suíço. Cada ferramenta do canivete é uma arma que está lá dentro, é uma diferente ferramenta que se tem dentro da equipa e que pode ser usada em função das diferentes necessidades, por questões estratégicas, motivacionais, entre outros.», concluiu  

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Os defesas Rafael Fernandes e Quaresma e o médio Pedro Moreira estão lesionados e são ausências confirmadas. Em dúvida está a utilização do lateral esquerdo Weverson. Recuperados e já disponíveis voltam a estar os avançados Michel e Vitinho. 

Arouca e o Boavista jogam amanhã, às 20h, no Estádio Municipal de Arouca a contar para a 4.ª elimonatória da Taça de Portugal.