Aproveitando a lesão do companheiro João Mário, Martim Fernandes tem-se afirmado de corpo e alma no lado direito da defesa do FC Porto e também convencido os adeptos azuis e brancos, numa temporada em que a aposta declarada no ouro da casa foi assumida pelo presidente André Villas-Boas e subscrita pelo treinador Vítor Bruno no dia da sua apresentação. O jovem formado no Olival tem conquistado o seu espaço com mestria e com o acumular de jogos sente-se mais confiante no conjunto portista, sendo que já passou a fase de algum nervosismo quando entra em campo, mostrando-se desenvolto ao realizar as tarefas que lhe são confiadas em campo. Em exclusivo A BOLA, o lateral-direito, de apenas 18 anos, começa por fazer um balanço da presente temporada do FC Porto até ao momento, quando ainda faltam muitos meses para a mesma terminar. «O FC Porto, até ao momento, teve uma fase boa de início, começámos bem o campeonato. Também passámos já por uma fase má, estamos agora a entrar numa fase boa e queremos manter essa consistência, continuar com as vitórias, com a baliza a zeros sempre e queremos continuar a vencer», avaliou, não deixando de reconhecer que o ciclo que o FC Porto passou de quatro jogos consecutivos sem ganhar já foi ultrapassado. Um momento delicado para o grupo de trabalho, mas que serviu de maturação para os jogadores. «Foi mais um momento de aprendizagem, a confiança manteve-se, sim, mas tanto a equipa técnica como os jogadores acreditaram sempre no plano e agora acho que está tudo a dar certo», analisa. Quando foi apresentado, Vítor Bruno teve uma célebre frase em que disse que, face às contingências financeiras do FC Porto, iria apostar não na prata da casa, mas sim no ouro da casa. Martim Fernandes acolhe essa expressão com enorme agrado e sente-se um felizardo por fazer parte do lote de jogadores que estão no plantel oriundos dos escalões de formação do Olival. «Sinto orgulho dentro de mim por fazer parte do ouro da casa. Sinto orgulho por saber que consegui chegar até aqui e que passei por todos os escalões na formação e pela equipa B. E agora estou aqui, acho que é uma conquista para mim. Para qualquer um jogador que venha da formação é sempre o objetivo principal, sair da formação para acabar na equipa A. Sinto-me um sonho concretizado». Fábio ou Pepê: o que prefere? Aproxima-se um novo ano civil e Martim Fernandes tem fortes ambições desportivas, tanto a nível pessoal como coletivo. Na mente do defensor está sempre em primeiro lugar a equipa e as metas traçadas. «Espero acabar o ano com saúde e espero que o FC Porto acabe em primeiro lugar, acabar onde nós merecemos estar. Espero ter bons números como jogador de futebol e quero que FC Porto, a minha equipa, ganhe o máximo de títulos possíveis que pode ganhar. Espero que consigamos ganhar todos os torneios que estamos inseridos. É isso que quero para o ano 2025», deseja. Martim Fernandes tem jogado algumas vezes com Pepê ou Fábio Vieira à sua frente na ala direita e encontra diferenças notórias, garantindo que prefere alinhar com o português junto a si porque lhe permite explanar melhor as suas qualidades no campo. «O Pepê é um jogador que joga tanto fora como dentro e consegue dar profundidade ao jogo, consegue dar largura ao jogo. O Fábio é um jogador que gosta de jogar mais no meio e dá-me mais a linha, o corredor a mim. Gosto de jogar com os dois. Mas prefiro jogar com o Fábio à direita porque ele dá-me mais a linha do que o Pepê porque o Pepê também pode jogar pela linha e eu prefiro jogar na linha, com profundidade», garante.