«Queremos conseguir conter a avalanche ofensiva do Benfica»

Vizela «Queremos conseguir conter a avalanche ofensiva do Benfica»

NACIONAL24.02.202316:03

O Vizela recebe este sábado o Benfica, mas a liderança da Liga apresentada pelo adversário não retira a pretensão dos minhotos de lutarem pelos objetivos comuns a todos os desafios.

«Trata-se de um jogo contra o primeiro classificado, mais um em nossa casa. Temos a mesma ambição de quando defrontamos qualquer adversário. É uma equipa que traz muita gente ao estádio, mas não fugimos do nosso pensamento. Queremos fazer pontos», propõe Manuel Tulipa, treinador do Vizela.

A vontade evidenciada pelo grupo vizelense também não foge ao que é definido para todos os compromissos. «Quando iniciamos um jogo, cada equipa tem o seu plano. Por vezes é executado e não foge muito do que foi pensado, outras vezes existem readaptações dos jogos e do mesmo plano. Este é um pensamento que vai ganhando consistência como equipa que se quer impor no jogo. Quando nos impomos, é o adversário que anda atrás. Nem sempre conseguimos, mas não queremos fugir do que nós somos», argumenta o mesmo responsável, reconhecendo as qualidades dos encarnados: «Vamos defrontar um adversário que tem variáveis defensivas muito grandes. Segura bem a largura pelas laterais e obriga a fechar bem o espaço interior. Se não conseguirmos controlar o adversário no meio-campo defensivo, metem gente a condicionar, mas queremos fazer o contrário, queremos conseguir conter a avalanche ofensiva do Benfica, tendo o cuidado de tentar mandar no jogo. Vamos tentar ter bola e fazer com que o adversário, na sua pressão, perca organização e algumas unidades para irmos atrás do nosso jogo.»

Manuel Tulipa admite, então, que o Vizela terá de estar no máximo das suas capacidades para alcançar os objetivos propostos. «Se não formos uma equipa rigorosa em termos táticos, que não tenha ambição e vá para jogo só para defender, não vamos ser capazes de fazer o que procuramos», observa.

Os vizelenses já se apresentaram em competição com diferentes tipos de linhas defensivas, elasticidade tática que também pode ocorrer diante das águias e que depende dos argumentos do opositor. «Somos uma equipa que, por norma, joga em 4x2x3x1. Fizemos dois jogos com uma linha de cinco. Muitas das vezes introduzimos mais um jogador na linha defensiva, não para recuar, mas para controlar. Nem sempre quando se mexe é para defender. Muitas das vezes até é ao contrário. No Sporting houve essa necessidade por questões de individualidades. No Dragão já não o fizemos. No jogo com o Gil Vicente optámos por esse sistema e teve a ver com o Fujimoto. Quando ele saiu, voltámos ao que são os nossos propósitos em termos de sistema», explica, não desvendando a estratégia para a receção à equipa de Roger Schmidt: «Os alas do Benfica não são, muitas das vezes, muito rápidos, mas são laterais muito fortes. Não vai ser necessário mudar muita coisa do que é a nossa ideia base. Teremos de ajustar em alguns momentos. Estamos preparados, vamos ver se somos eficazes nesse momento do jogo. Acreditamos muito no crescimento da nossa equipa, do conhecimento do nosso jogo e das adaptações. Teremos de ser compactos, coesos e agressivos. Quando digo agressivo, não é estar sempre a fazer faltas.»