O jogo de amanhã, no Estádio dos Barreiros frente ao Marítimo, será uma autêntica final para o Paços de Ferreira, tendo em conta tratar-se de um duelo de aflitos e defrontar um adversário direto na luta pela permanência. César Peixoto tem consciência dessa realidade, admite arriscar mais um pouco, mas sabe dos riscos que essa estratégia acarreta. -- Como foi a preparação do jogo? -- O plano de jogo nunca é igual, todos os jogos são diferentes. Tentamos analisar os adversários ao pormenor em função do seu padrão defensivo e ofensivo, montando o nosso plano em função do que acreditamos. Sabemos que vamos encontrar muitas dificuldades, vamos defrontar o Marítimo num estádio cheio e é difícil lá jogar. Sabemos do ambiente que vamos encontrar e é um adversário que vai estar pressionado pelos pontos. Vamos abordar o jogo para ganhar, sabendo do elevado risco para nós, por ser um adversário direto e isso tem sempre um peso maior nas nossas contas. -- Vai arriscar menos por ser um jogo em que não pode perder? -- Quem jogar com medo acaba por perder. Vamos tentar abordar o jogo da melhor forma. O Marítimo tem aspetos fortes e teremos de ser um Paços afirmativo com a intenção dos três pontos. Temos de nos adaptar em função das características do adversário para tentar dominar, sendo sempre agressivos na frente. Vemos, por exemplo, em Guimarães, onde podíamos ter vencido, e em Arouca conseguimos um jogo equilibrado. Não fomos defender nesses jogos e contra o Marítimo não será diferente. Estamos preparados para jogar dessa maneira, às vezes podemos não conseguir por mérito do adversário. -- Espera ver o Marítimo a jogar para um de dois resultados que lhes serve? -- Os dois resultados servem para as duas equipas. O Marítimo também tem uma pressão adicional. Mas queremos os três pontos para passar à frente. Se empatarmos, fica tudo como está. O empate não é um resultado tão favorável para eles. Será um jogo de pressão para as duas equipas. -- O que terão de fazer para superar o adversário? -- Termos uma mentalidade forte, espírito competitivo, ter coragem para jogar, sermos uma equipa muito pressionante e agressiva. A chave será termos a coragem que temos tido em muitos jogos. Não ficarmos nervosos e precipitados como estivemos em alguns momentos com o Famalicão. -- Tem consciência que uma derrota no Marítimo pode comprometer a época, sabendo que depois recebem o FC Porto? -- Não se fala na derrota no Marítimo. A derrota complica mais as contas, não há como negar. O Marítimo também já ganhou em casa ao Sporting. Com o FC Porto, sabemos que é superior, mas podemos competir e também somar pontos. Não ficará nada resolvido, torna-se mais complicado em caso de derrota, mas temos visto neste campeonato as quatro equipas de baixo a não conseguirem ganhar muitas vezes.
