Na antevisão do jogo desta sexta-feira com o Portimonense, que marcará o arranque da 31.ª jornada, Filipe Martins justificou a quebra do Casa Pia na segunda volta da Liga. E surpreendeu com a resposta que deu. «Tudo isto foi concertado e previsto, não há nenhum sentimento de frustração. A nossa segunda volta era o cenário que todos apontavam no início. Felizmente, em março nós estávamos garantidos na I Liga, pela competência de todos os que se envolveram neste processo. Acho que merecíamos ter mais pontos do que temos na segunda volta, e, se calhar, admito que também fizemos pontos a mais na primeira», disse o treinador de 44 anos, explicando que após garantir a manutenção a aposta passou a ser na preparação da nova época. «A partir do momento em que a manutenção ficou assegurada, nunca nos escondemos de nada. Disse que íamos rodar a equipa, analisar jogadores e prepararmos o futuro do Casa Pia. Alinhado com a nossa direção, tivemos a visão de começarmos a preparar o futuro e perceber o que certos jogadores podiam trazer à equipa. Quando se começa a tomar esse tipo de decisões, é normal que a nossa consistência se perca um pouco», continuou. Por questões regulamentares, até final da temporada Filipe Martins não poderá surgir na ficha de jogo como treinador principal – ainda não tem o nível UEFA Pro. Para ocupar essa função nos quatro jogos em falta, o Casa Pia contratou Miguel Quaresma, ex-adjunto de Jorge Jesus. «Ter uma pessoa como o mister Miguel Quaresma ao meu lado acaba por ser uma honra. É a minha referência do treino e, muitas vezes, é a ele que recorro para tirar algumas dúvidas sobre a carreira de um treinador, que é feita de decisões e momentos. É o meu porto de abrigo no futebol, sempre foi. Foi uma situação inesperada, mas, para mim, é uma enorme honra poder ser, neste caso, o adjunto dele», expressou o treinador. Apontando Zolotic como «melhor jogador do Casa Pia na presente época» e antecipando o regresso de Vasco Fernandes ao onze, Filipe Martins falou por fim do jogo com o Portimonense: «Será um jogo muito competitivo, contra uma equipa que tem qualidade individual. E, mesmo mudando o sistema muitas vezes, o Paulo Sérgio consegue que a equipa esteja sempre equilibrada. Temos de ser fortes com bola para podermos encontrar os espaços necessários para desequilibrar a estrutura deles e, depois, quando não tivermos a bola, sermos organizados e compactos. Podem criar-nos problemas se não formos rápidos a reagir à perda da bola.»