O selecionador nacional de sub-21, Rui Jorge, votou esta segunda-feira, na Póvoa de Varzim, na conferência de imprensa de antevisão do Portugal-Noruega, jogo de preparação aprazado para terça-feira, dia 28, no Estádio do Varzim Sport Clube (19 horas), a ser pragmático e recusar o favoritismo ou candidatura da equipa das quinas, vice-campeã europeia do escalão, na fase final do Europeu-2023, a disputar de 21 de junho a 8 de julho na Roménia e Geórgia, e no qual a Seleção Nacional ficou no Grupo A, onde terá como rivais precisamente a Geórgia (21 de junho), os Países Baixos (24 de junho) e a Bélgica (27 de junho), sempre a jogar em Tbilissi (Geórgia). «Candidatos? Favoritos? não tenho essa visão. Somos o ‘número dois’ do ranking europeu, é verdade. Alguma coisa fizemos para ter essa posição: é resultado de bons resultados, de uma forma frequente: só assim estamos nesse lugar. Se for por aí que queiram catalogar uma possível candidatura ou favoritismo, não tenho como negá-lo, e espero que assim se mantenha muitos anos. Mas para mim, a parte mais importante é o que fazemos para nos mantermos neste lugar, e que nos continuem a catalogar dessa forma», afirmou Rui Jorge aos jornalistas, esta tarde, na Póvoa de Varzim. «O sermos segundos do ranking [europeu] passa pela forma como treinamos e conseguimos executar o que nos propomos. [A posição no ranking] será sempre secundária e consequência do que conseguimos fazer, umas vezes, a maior parte das vezes, fiel ao que fazemos em campo, acredito. É a minha forma de pensar», rematou Rui Jorge sobre o rótulo do favoritismo. Quanto ao jogo com a Noruega, após a vitória em Bucareste, diante da Roménia, na sexta-feira (2-0), o técnico tem a receita para o êxito. «Na defesa, vamos ter de ser pacientes: vamos ter menos bola do que no jogo com a Roménia. Em equipas como a nossa, isso pode causar algum desconforto, mas estamos mais preparados para isso. A Noruega tem essa capacidade para nos esconder a bola nalguns momentos. Ofensivamente, é preciso circulação rápida, tentar encontrar espaços e criar perigo na defesa adversária», afirmou Rui Jorge na ocasião. O selecionador não sabe ainda se poderá contar com André Mário e Nuno Tavares para este último jogo deste estágio de preparação, ambos a contas com problemas físicos - mas já contou com o guardião Celton Biai, que esteve na Seleção principal - e quer é os seus jogadores concentrados em fazer o que têm de fazer, por muito que não escondam a ambição de, em julho, levantar o ‘caneco’ do Euro na Geórgia e Roménia. «Importa-me pouco que [os jogadores] digam que querem ser campeões europeus: interessa-me, antes, que saibam o que têm de fazer, e não se esqueçam de, em campo fazer o que é importante para podermos chegar a esses patamares», sublinhou um técnico fiel à ideia de jogo de Portugal que já se viu diante da Roménia, quer diante da Noruega, na terça-feira, quer depois, já na fase de grupos do Euro, diante de Geórgia, Países Baixos e Bélgica «Tem-se visto sempre uma ideia de jogo fiel nesta equipa. Uma forma de jogo comum à maior parte dos jogadores e à equipa. É uma constante nas equipas de sub-21, foi-o nesta qualificação. Vejam que há vários jogadores que a iniciaram que já não estão connosco [rumaram à seleção principal], tem havido alterações ao grupo inicial. Este escalão é propício a que isso aconteça, e quando é por bons motivos fico muito satisfeito», concluiu Rui Jorge, cauteloso e pragmático, a colocar ‘água na fervura’ lusitana.