Seleção «Quando estamos no cimo da montanha não conseguimos ver o que está abaixo»

A forma como deixou o Man. United, pouco antes do Mundial do Catar-2022, com uma entrevista a Piers Morgan a criticar o clube, e que lhe valeu críticas de alguns quadrantes, foi tema a que também CR7 não fugiu na tarde desta quinta-feira, na conferência de imprensa que protagonizou na Cidade do Futebol, em Oeiras, a propósito do Portugal-Liechtenstein de quinta-feira, em Alvalade – que marca o início da caminhada lusa no apuramento rumo ao Europeu da Alemanha-2024 – mas que CR7, com desassombro, alargou a todos os temas e confissão dos estados de alma e mudanças que a sua vida e carreira conheceram nos últimos meses, como foi o caso da saída dos ‘red devils’ em novembro, de forma drástica.

Questionado sobre se poderia ter deixado o clube de outra forma que não tão estrondosa e antagónica de interesses expressos, e se algum arrependimento tinha quanto ao modo de ‘cortar’ com o Man. United, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro confessou que não foi fácil… mas cada um sabe de si, e ele diz dormir de consciência perfeitamente descansada.

«Se sinto algum remorso sobre como sai do clube? Tudo o que acontece na vida tem uma razão de acontecer. Agradeço, muitas das vezes, passar por algumas coisas, para poder ver quem está do meu lado e quem quer o bem do Cristiano. E é verdade que houve uma fase menos boa na minha carreira [em 2022, no Man. United], a nível pessoal e depois profissional. Arrependimentos… não há tempo para eles, nesta vida. Ela segue, sempre. Aprendemos, fazendo o bem ou não: faz parte da nossa evolução como seres humanos», resumiu Cristiano Ronaldo, pretendo virar a página no seu historial.

«Quando estamos no cimo da montanha, não conseguimos ver o que está cá em baixo. Foi uma aprendizagem bastante grande, até para mim. Nunca passara o que passei nesses meses, admito. E agradeço ter passado por isso e a todos os que me ajudaram: estou um homem melhor», asseverou CR7.