Primeiro ponto do Farense em fraco jogo sem balizas (crónica)
Uma das raras ocasiões em que o perigo rondou uma das balizas (Foto: LIGA PORTUGAL)

Aves SAD-Farense, 0-0 Primeiro ponto do Farense em fraco jogo sem balizas (crónica)

NACIONAL30.09.202422:53

Nulo entre Aves SAD e algarvios assenta como uma luva ao que (não) se passou no relvado. Noventa minutos (mais compensação) de um mau espetáculo. Ainda assim, estreia positiva para Tozé Marreco

Há aqueles jogos que, por este ou aquele motivo, ficam na memória de quem os vê. Depois, existem outros que dificilmente serão lembrados, como o Aves SAD-Farense de ontem à noite que encerrou a 7.ª jornada da Liga Portugal Betclic.

Após 90' minutos (mais compensação de 6' na etapa complementar) de um péssimo jogo de futebol (foram mais os jogadores  a solicitarem assistência médica do que oportunidades de golo!), o nulo não espanta, antes pelo contrário, assenta como uma luva ao que se passou no relvado.

Com 7 pontos (agora 8), todos conquistados em casa, em 18 possíveis (agora 21) no campeonato, o Aves SAD, ainda assim, foi a equipa que mais procurou a baliza adversária. Mas fê-lo (quase) sempre sem a qualidade desejada e um dos melhores guarda-redes do campeonato, Ricardo Velho, não fez uma defesa digna desse nome.

Já o Farense, que chegou à Vila das Aves com um novo treinador, Tozé Marreco, conquistou um ponto que vale ouro, ou não fosse o primeiro dos algarvios na prova.

Com os anfitriões a pisarem o relvado com... cães (todos para adoção) ao colo (numa iniciativa da Liga Portugal que pretende assinalar o Dia Mundial do Animal que se celebra no próximo dia 4), nem os melhores amigos do homem mereciam um espetáculo tão fraco.

Com Rodrigo Ribeiro no lugar de Akinsola, foi mesmo a única novidade no onze do Aves SAD em relação ao 0-3 frente ao Sporting a animar a primeira parte com um forte remate aos 39'.

E os segundos 45' também não foram de encher o olho, antes pelo contrário. É verdade que houve mais alguma agitação perto das balizas, em particular na de Ricardo Velho, mas quem estava a ver o jogo sentia que só por acaso a bola iria balançar as redes — até aconteceu, por Kamate, mas na parte de fora.

O Farense, com uma mini-revolução de Tozé Marreco — Lucas Áfrico, Pastor, Neto, Milláa e Bermejo entraram para os lugares de Moreno, Raúl Silva, Menino, Rafael Barbosa e Poveda —, mostrou-se mais preocupado em não sofrer do que marcar e só depois dos 90' é que o mexicano Guillermo Ochoa surgiu em cena.

Com Fábio Veríssimo a chefiar a melhor equipa em campo (ainda assim não isenta de erros), as outras duas podem fazer muito melhor.