O presidente do Barcelona, Joan Laporta, em vésperas de viajar para Lisboa para o duelo entre Benfica e Barça da UEFA Champions League, compareceu esta segunda-feira no Tribunal de Instrução n.º 6 de Barcelona para ser ouvido na sequência da acusação de crime de fraude financeira, após denúncia de uma família que em 2024 ganhou a lotaria La Primitiva, no valor de 34 milhões de euros, e que terá perdido cerca de €4,7 M após ter sido assessorada por Laporta em investimentos que não renderam os rendimentos que terão sido prometidos pelo dirigente culé. Perante o juiz, Laporta negou as acusações de envolvimento na situação e rejeitou ter aconselhado a família no investimento em causa, depois de ter sido ouvido durante cerca de 45 minutos. Os factos remontam de 2016 a 2018. Após vencer a lotaria, a família que denunciou o caso investiu €2,4 M na empresa chinesa CSSB Limited, com a promessa de ganhar 6% ao ano. Recebeu dividendos nos primeiros meses, mas não os que foram prometidos e, depois de várias reuniões com Laporta para retirarem o montante investido, tal pedido não foi atendido pelo líder do Barcelona. Laporta rejeitou as acusações e garantiu não ter tido «nenhum tipo de participação» no caso, que continua a ser investigado, numa altura em que se tenta perceber se o dinheiro foi de facto para a tal empresa chinesa ou se foi desviado.