Uma vitória mais sofrida do que se podia esperar, mas que não haja dúvida: Darwin entrou e brilhou para dar justiça ao Liverpool, que bateu o Brentford por 2-0. O domínio estatístico não foi sempre revelador do que acontecia em campo, sobretudo nos primeiros minutos. Em Mbeumo esteve, na primeira meia hora, a chave do Brentford. O camaronês personificou o que os bees queriam da partida: aproveitar a projeção do adversário para, em contra-ataque, fazer golo. E até podia ter aberto o marcador logo ao décimo minuto, mas Damsgaard ficou a centímetros do desvio. O crescimento em campo do Brentford recebeu resposta do Liverpool. Szoboszlai ameaçou de meia-distância e acertou na barra, na melhor oportunidade de todo o encontro, e Gakpo começou e ia terminando em golo um acutilante contra-ataque. Ainda assim, 0-0 era o resultado ao intervalo. Os reds cresceram ainda mais na segunda parte, com muitos remates e, em particular, dois contra-ataques em que nem Luis Díaz nem Salah conseguiram chegar ao golo. Apesar disso, importa destacar que foi no momento do remate que o líder da Premier League mais vacilou. Isto porque, mesmo com os 37 remates que efetuou, escassas foram as vezes em que os pupilos de Arne Slot obrigaram Flekken a aplicar-se. Aliás: o Liverpool, que fez 35 remates antes dos 90', mais 24 que os do Brentford, acertou, tal como o adversário, seis vezes na baliza. E é nesta fase da história que entra o herói: Darwin Núñez. Não é só a ineficácia do Liverpool que explica o nulo no marcador até tão tarde. O Brentford mostrou porque é que é, a par dos reds, a equipa com mais pontos somados em casa - 23 conquistados no Brentford Community Stadium. A solidez defensiva dos comandados de Thomas Frank fez-se sentir durante toda a partida, com Salah, à cabeça, a ser anulado uma e outra e outra vez. Mas o mérito também vai para Arne Slot, que, mais do que em Darwin, viu que tinha em Elliott a chave criativa para a partida. Já para lá dos 90', o inglês soltou em Alexander-Arnold, que, com insistência, fez chegar a bola a Darwin. No coração da área, o uruguaio encostou para começar a festa no setor visitante do recinto. O choque do golo levou o Brentford a projetar-se no desespero pelo empate e, com a possibilidade de matar o jogo, Elliott serviu para o segundo do avançado ex-Benfica. Vitória justa do dominante Liverpool, de forma épica. Será justiça promovida pela estrelinha de campeão? #DAZNPremierLeague
