Eleito esta última terça-feira o melhor jogador da Premier League 2, Carlos Borges, extremo-esquerdo de 19 anos e internacional pelas camadas jovens da Seleção Nacional, deu uma entrevista ao podcast 'The Locker', na qual partilhou algumas revelações interessantes. O jovem, para já ainda um ilustre desconhecido, mas, por este andar, sem dúvida a caminho do estrelato, já chamado por Pep Guardiola aos treinos do plantel principal dos campeões de Inglaterra, jogou no Sporting antes de rumar a terras de Sua Majestade, porém viu-se forçado a emigrar para Inglaterra, com os pais, por motivos financeiros. Curiosamente, apesar de ter dado os primeiros passos na carreira no emblema de Alvalade, o coração de Carlos Borges chama por outro emblema: «Sempre apoiei o Benfica. Naquela altura, gostava muito do Luisão, por ser um líder, e do Cardozo, por ser um ponta de lança de topo. Se gostava de jogar no Benfica nesta altura? Atualmente, o meu clube de sonho é o Manchester City, mas gostava de, um dia, terminar no Benfica.» Além de melhor jogador da Premier League 2, e apesar de não ser um ponta de lança, Carlos Borges foi também o melhor marcador, com 21 golos, acrescentando ao notável registo mais de uma dezena de assistências. Um dos golos do atacante foi apontado ao Manchester United e criou polémica, pois o jovem imitou um festejo de Cristiano Ronaldo, quando este português ainda jogava em Old Trafford, levando muita gente a interpretar tal gesto como uma provocação. Nada mais errado e eis porque se deve ouvir sempre as duas partes e não se apressar a tirar conclusões precipitadas para não cair em injustiças: «Cristiano Ronaldo é o meu ídolo. É a pessoa para quem olho no futebol, para me inspirar. Fiz a celebração que ele inventou e tornou-se viral, imaginava que isso pudesse acontecer, mas não quis saber. Toda a gente tem as suas opiniões, mas a minha é que me interessa», esclareceu Carlos Borges. Descendente de guineenses, mas natural de Rio de Mouro (Sintra), Carlos Borges exibe um orgulho enorme por representar Portugal e defender as Quinas: «(A minha estreia por Portugal) foi um dos melhores momentos na minha vida. Representar o país é dos melhores sentimentos de sempre e lembro-me que na noite anterior não consegui dormir. E esse sentimento continua hoje, Portugal nunca está cem por cento garantido. Tenho de trabalhar sempre para merecer ser chamado. Também podia jogar pela Guiné-Bissau, mas Portugal esteve sempre na minha cabeça.»