- Como é que figuras como Maradona e Messi são sentidas pelos argentinos?- Uma loucura… Um orgulho indescritível de todos os argentinos naqueles que consideram os dois melhores jogadores da história do futebol. Orgulho também do Newell's Old Boys, porque Messi e Maradona jogaram no clube. Ou Batistuta, só para dar mais um exemplo. - Tendo nascido em Portugal, fizeste campanha pelo Cristiano Ronaldo? - Perguntavam por ele, até porque eu próprio me cruzei, em escalões diferentes, com Cristiano Ronaldo na formação do Sporting. Também me perguntavam de quem gostava mais. Pelo meu gosto próprio, prefiro Messi, admito-o sem qualquer tipo de problema. Mas com o tempo comecei a gostar mais do Cristiano Ronaldo, porque os anos passam e a fome de vencer e bater recordes mantém-se muito superior à de Messi. Ronaldo nunca diz não a um desafio e em sair da zona de conforto. - Estiveste com Fábio Paim na formação do Sporting. Continuam amigos?- Entrei no Sporting com 10 anos, o Paim já lá estava. Fiquei até aos 15 anos, saí mas continuámos com uma amizade muito próxima, embora cada um tenha seguido o seu caminho. Ele é primo da minha mulher, então continuo com aquela ligação. - Como avalia o percurso e as decisões que Fábio Paim foi tomando na vida e na carreira? Tinha enorme talento, acabou metido em montes de trabalhos... - Toda a gente sabia no Sporting que o Fábio Paim podia ser uma estrela pelo menos tão grande como o Cristiano Ronaldo. O próprio Cristiano o dizia... O Fábio tinha tanta qualidade, mas acho que tudo lhe subiu à cabeça e não teve as ajudas certas. Precisava de uma mão forte e dura e tudo seria hoje diferente. Nesta vida, como nas outras, é importante ser-se forte mentalmente.