Que análise faz a esta vitória?Estávamos em dívida com os adeptos, desde há 15 dias, quando jogámos aqui da última vez [derrota com o SC Braga]. Agora voltámos, mostrámos o troféu [da Taça da Liga] aos adeptos, que foi a melhor forma de começar. E depois fizemos um grande jogo. 90 minutos muito consistentes, com a dinâmica ofensiva que eu gosto e sei que os adeptos gostam. Com quatro golos e muitas oportunidades. Estamos felizes por oferecer o troféu e a vitória aos adeptos. Sente que Schjelderup já está totalmente adaptado, ou ainda tem aspetos a melhorar?Temos sempre. Olhem para o que fizemos no último jogo aqui e o que fizemos hoje. Temos sentido evolução em todos os jogadores. Fala-me do Andreas e eu tenho de mencionar o Barreiro, que fez um hat-trick. Aquilo que eu quero são boas respostas de todos e só assim podemos estar no caminho para evoluir e continuar a ganhar. Quando Pavlidis falhou, pediu aos adeptos para o apoiarem. Como têm sido estes momentos? O Arthur Cabral já começa a merecer uma oportunidade? Todos eles merecem oportunidades. O Arthur jogou no último jogo e marcou um golo. Agora refrescámos a equipa e vamos continuar a refrescar, à medida de cada momento. O Arthur fez um jogo muito bom em Faro, desta vez o Pavlidis também fez, no que tínhamos de fazer em termos defensivos. Ofensivamente, os movimentos dele abriram espaço para outros jogadores, fez uma assistência e muitos movimentos verticais, como gosto. Teve muitos bons momentos, em movimentações sem bola e mesmo finalizações, a proporcionar boas defesas ao guarda-redes adversário. Gostava que um dos golos do Barreiro tivesse sido marcado pelo Pavlidis?Não. Os golos do Barreiro foram importantes para ele e o Pavlidis teve responsabilidade neles: fez os movimentos para arrastar para o Barreiro aparecer e fez-lhe uma assistência. Nós não o conhecíamos. Quando chegámos, passados 15 dias de trabalharmos com ele, lesionou-se. Começámos a trabalhá-lo e percebemos que tem uma chegada à área muito forte. Fiquei muito feliz por ele. Sabem porquê? A minha primeira decisão quando cheguei, foi tirar o Barreiro da equipa. Todos diziam que ele não podia jogar com o Tino. Quatro meses e meio depois, a força do trabalho do Barreiro permitiu dar esta resposta. Jogou numa posição mais adiantada no terreno, fez diagonais como gosto e marcou três golos. Estamos muito felizes com ele. Muitos adeptos têm perguntado por Prestianni. Há possibilidade de voltar à equipa principal?Por contarmos com ele é que está a jogar na equipa B. Eu tenho um plano para o Prestianni, que tem 18 anos. Ele está na equipa A, simplesmente vai jogar à equipa B. Porque temos um plano para ele. Tem de trabalhar como todos. Olhem, como o Andreas [Schjelderup] ou o Rêgo que hoje entrou muito bem. O Prestianni é fantástico, o Benfioca apostou nele e hoje [sexta-feira] fez um grande golo na equipa B. Gostei da exibição que ele fez, que vi à distância, vejo-o feliz e isso é o mais importante. Esta exibição vem provar que o Benfica não está dependente do Di María?A equipa hoje esteve dependente do Barreiro, que marcou três golos… Eu não tenho visto a equipa dependente de ninguém. É a força do coletivo. Temos de sentir qual o contributo que cada jogador pode dar à equipa. Hoje sobressaiu o Barreiro, depois vai sobressair outro jogador. O importante é sempre o contributo de cada um para a equipa. Mas claro que qualquer equipa que tenha umjogador com a qualidade do Di María, tem de tirar partido dele. Seja na direita, atrás do ponta de lança ou à esquerda.