O regresso de Pizzi a Braga não reuniu consenso entre os adeptos arsenalistas e no jogo de estreia em casa frente ao Famalicão o criativo ouviu alguma contestação da bancada. Já no encontro anterior acontecera algo idêntico, mas nesse caso não se registou grande surpresa, uma vez que os arsenalistas jogavam em Alvalade e os adeptos leoninos questionavam sem dúvida a longa ligação de Pizzi ao Benfica. A relação entre os adeptos do SC Braga e os jogadores originários dos grandes tem sido marcada por algum distanciamento e Pizzi não foi o primeiro a sentir essas reservas. Chiquinho, quando representou os guerreiros emprestado pelo Benfica, experimentou as mesmas sensações e Diogo Leite, cedido pelo FC Porto aos arsenalistas, passou pelo mesmo e teve até muitas dificuldades em impor o seu jogo. Os sinais de alguma antipatia para com os jogadores da esfera de Benfica, FC Porto e Sporting são mais ou menos recentes e derivam do crescimento do SC Braga no panorama do futebol nacional. Com o clube a lutar pela emancipação, os adeptos consideram que futebolistas originários da concorrência não deviam integrar as escolhas arsenalistas, sobretudo quando chegam na condição de emprestados. Não é esse o caso de Pizzi, que aos 33 anos assinou contrato de teor definitivo com os guerreiros, mas a ligação poderosa ao Benfica não deixou de ter o seu peso no regresso a Braga. Pizzi, no entanto, respondeu bem ao foco de contestação e assinalou o jogo de estreia no Estádio Municipal de Braga com uma assistência e de forma progressiva tem conquistado algum destaque com a camisola dos guerreiros. Em 16 jogos, anotou dois golos e concretizou duas assistências, dando-se até o caso de ter sido ao serviço dos guerreiros que assinalou o triunfo 200 para o campeonato, precisamente na última partida frente ao Portimonense. É este mesmo Pizzi que sábado regressa ao Estádio da Luz para defrontar o Benfica, clube que representou durante oito temporadas consecutivas e faz agora parte do passado do criativo.
