15 meses (e 20 jogos) depois, o Rio Ave voltou a perder em casa, para a Liga, ao ser derrotado pelo Sporting (0-3). Após o apito final, o treinador dos vilacondenses, Petit, falou aos microfones da Sport TV e analisou o desaire frente aos leões. «Foi um jogo difícil para nós, contra uma belíssima equipa. Com o golo sofrido logo aos três minutos, tornou-se mais difícil, mas acho que devíamos ter feito mais, por aquilo que foi o jogo. Fomos poucos intensos, pouco agressivos, muitas perdas de bola, os setores muito longe uns dos outros. O Sporting foi sempre superior nos duelos e conseguiu ganhar sempre e sair em ataque rápido. Quando é assim, torna-se mais difícil», começou por dizer. «Ao intervalo, tentámos corrigir, para sermos mais agressivos na pressão, que dividíssemos melhor, que pudéssemos estar mais compactos e nos primeiros 15 minutos até entrámos melhor, mas depois alguma falta de discernimento, a equipa muito partida, o resultado a ficar algo desnivelado e o nosso guarda-redes a conseguir ainda fazer algumas defesas…. É uma vitória justa do Sporting, mas temos de crescer, ganhar mais maturidade e estou aqui para que isso aconteça. Muita juventude, em termos ofensivos, faltou-nos jogadores para podermos refrescar, porque estávamos algo limitados. Mas há que descansar e, segunda-feira, preparar o próximo jogo», continuou.«Dói sempre quando se perde, seja de que maneira for. Agora, aquilo que eu analisei é que podemos fazer mais. Ser mais intensos, mais agressivos, se queremos crescer. É isso que tenho incutido na equipa, essa mentalidade. Quando jogas de semana a semana, ainda tens de trabalhar mais, porque contra estas equipas, que jogam de três em três dias, ganham outra intensidade. Nós tentamos incutir isso. Queríamos adiar ao máximo perder na nossa casa, mas algum dia tinha de ser», disse Petit, que abordou a ausência de Clayton: «Sabemos que o Clayton está a fazer uma boa temporada. É uma referência para nós, mesmo na pressão, a ficar com a bola, a podermos ganhar algum oxigénio com a chegada dos médios, para podermos crescer mais em termos ofensivos. Faltou-nos alguma frescura. «O Zoabi é um jogador jovem, que tem feito jogos nos sub-23. Está a ganhar o seu espaço. Sem dúvida que o Clayton faz falta, mas jogámos com 11 e eles têm de crescer, temos de ganhar mais maturidade. São muitos jogadores, que ainda se estão a conhecer, a ganhar relações entre eles. Estou aqui para ajudá-los, corrigi-los e preparar o jogo com o Farense» concluiu.