Petit e o Benfica: «As duas equipas vêm feridas, estamos preparados»
Treinador do Rio Ave fez a antevisão do jogo com os encarnados, agendado para amanhã, às 18h00, em Vila do Conde
Petit tem plena consciência das dificuldades com que o Rio Ave se vai deparar, este domingo, na receção ao Benfica. «Sabemos que vamos defrontar um candidato ao título, mas também sabemos que é em nossa casa, frente aos nossos adeptos. O Benfica tem outra qualidade, mas nós também temos de reagir», disse na conferência de imprensa do encontro com as águias, acrescentando: «As duas vêm feridas do último encontro. Acredito numa boa resposta e estamos preparados».
Depois de ganhar ao SC Braga e empatar com o FC Porto em Vila do Conde — só o Sporting passou incólume —, Petit quer travar novamente um grande a jogar em casa. «Sabemos que vai ser um jogo difícil. Já demonstrámos, em nossa casa, que não só com as grandes equipas, mas com todas, conseguimos dar uma resposta, mesmo até com aquelas com objetivos diferentes dos nossos. A nossa casa tem sido uma boa fortaleza, mas sabemos que o grau de exigência vai ser difícil, temos de ser uma equipa intensa, ganhando os duelos, sendo compactos, sabendo que temos de ter personalidade, os momentos de jogo e as bolas paradas, que também serão fundamentais. É assim que preparámos todos os jogos», diz.
Questionado se o Rio Ave poderá aproveitar um maior desgaste físico do Benfica, que a meio da semana jogou em Barcelona, Petit é perentório: «É um plantel com qualidade e soluções, está habituado a jogar de três em três dias. E nós também estamos nessa posição, lutamos por outros objetivos. Não acredito em cansaço, mas sim numa boa resposta. Vêm sempre bem da Champions para o campeonato, vamos estar preparados. Acima de tudo, temos de ver o que o Benfica pode fazer para criar perigo, joga com uma linha de saída com o António Silva e o Otamendi mais baixos, coloca os dois alas bem abertos na linha, joga com os extremos por dentro. Haverá ali uma dúvida com o Bruma, se joga com três médios ou com outro nas costas, Vimos isso, mas também temos que olhar para o nosso lado, somos a equipa mais jovem do campeonato, creio. Temos uma média de idades de 23 anos. Cometem um ou outro erro, mas isso faz parte do crescimento. Também é bom termos mais seis jogadores nas seleções, a estreia do Tiknaz na seleção A é sinal que estamos a crescer como equipa»
Por último, o treinador dos rioavistas comentou o hiato competitivo que o campeonato vai ter face aos compromissos das seleções. «É o que é. Ficamos contentes, porque voltamos a colocar seis jogadores nas seleções, vamos ficar com um plantel mais curto, mas também permite olhar para os Sub-23, faz parte do projeto do clube lançar jogadores jovens. Conseguimos colocar esses seis, temos mais um ou outro à porta. O Mizsta está a bater à porta da sua seleção e isto tudo faz-nos ficar satisfeitos. Têm muito potencial, podem crescer muito, mas o mais importante é ter orgulho nos jogadores. Quando acabar as carreiras, têm de sentir que evoluíram, seja com um jogador de 17 anos ou com outro de 33 anos».