Pedro Caixinha, treinador português do Red Bull Bragantino, que este domingo recebeu e venceu em Bragança Paulista (Brasil) o Cuiabá – orientado pelo compatriota António Oliveira – por 2-0, em jogo da 21.ª jornada da Serie A do Brasileirão, revelou no final do jogo, disputado no Estádio Nabi Abi Chedid, que a dupla de técnicos lusa teve oportunidade de confraternizar antes do duelo e de travar amizade. «Tivemos oportunidade de falar antes do jogo sim. Não o conhecia pessoalmente [António Oliveira], mas o pai do António foi e é uma referência do futebol português [António Oliveira, Toni] e de um clube grande como o Benfica, além da Seleção. Foi um treinador que teve tempos muito bons com o Benfica e a Seleção. Felicitei-o, e tive oportunidade de lhe dar, como a todos os técnicos que visitam o nosso estádio, de lhe dar uma pequena lembrança», revelou Pedro Caixinha aos jornalistas, na conferência de imprensa. «Felicitei-o pelo espaço que tem conquistado no Brasil: foi adjunto e agora é treinador principal, e pelo trabalho que tem feito com o Cuiabá, expresso naquele momento em que conseguiram quatro vitórias consecutivas. Sabíamos que seria um rival complicado, equipa muito mais reativa, que defende bem e fecha muito bem os espaços por dentro», complementou Caixinha, que elogiou a atitude das suas tropas numa vitória que coloca o ‘Massa Bruta’ no topo da tabela classificativa, no quarto lugar. «A equipa não esteve tão fresca, tão enérgica, tão apaixonada pelo jogo quanto costuma ser, na primeira parte. No segundo tempo, melhorámos, até com as substituições, na pressão e na agressividade. A equipa está a recuperar a sua identidade, após uma fase menos conseguida de resultados. Vir de 0-4 no jogo anterior e reagir, com uma equipa tão jovem, não é fácil. Depois da pausa para os jogos das seleções, espero ter o efetivo completo à disposição. Felicito a equipa pelo trabalho, entrega no segundo tempo e pelo regresso da paixão. A vitória é importante», concluiu Pedro Caixinha, satisfeito Já António Oliveira repisou que a equipa não desaprendeu, e que a ‘matéria-prima’ continua a merecer toda a confiança, apesar do desaire. «O jogo foi igual até ao primeiro golo. Acabámos por sofrer [o primeiro] golo de um canto, e outro numa reposição de bola pela linha lateral a nosso favor! É nos detalhes que se definem os jogos. Neutralizámos o jogo ofensivo do adversário, tendo aquilo que foram as oportunidades de golo mais claras, só que não concretizámos. A sorte, que noutras alturas esteve connosco, agora não está. Faz parte do futebol», disse António Oliveira aos jornalistas, no final, após o terceiro desaire seguido do ‘Dourado’. «Mas estes são os mesmos [jogadores] que já conquistaram 28 pontos, somaram quatro vitórias consecutivas e um ciclo de seis jogos de invencibilidade. Nesta altura, vamos com três derrotas seguidas, sim: por isso, temos de reagir. Com certeza vamos dar a volta por cima. Já sabemos que a segunda volta [do campeonato] é sempre muito mais desafiante: aqui, reina a lei da sobrevivência, à medida que se caminha para o fim há menos tempo para recuperar pontos», considerou um técnico ciente que o ‘efeito surpresa’ do Cuiabá já acabou «Deixámos de ser uma surpresa, todos se preparam melhor para nos defrontar. Por isso, temos de fazer ainda melhor. Mas comigo as vitórias são deles, jogadores, as derrotas… são responsabilidade minha», concluiu António Oliveira, otimista para os 17 jogos ainda por cumprir na Série A do Brasileirão.