Pavlidis: «Não sou Benzema, nem Suárez, mas...»
Pavlidis, ponta de lança internacional grego do AZ Alkmaar (Foto: IMAGO / Pro Shots)

Pavlidis: «Não sou Benzema, nem Suárez, mas...»

NACIONAL17.06.202422:21

Avançado grego que se prepara para reforçar o Benfica conta como chegou à posição de ponta de lança

Vangelis Pavlidis, avançado grego do AZ Alkmaar que o Benfica está próximo de garantir, concedeu grande entrevista na Grécia, onde se deu a conhecer.

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«Quando jogava na academia em Salónica, com 15, 16 anos, gostava do Gerard porque jogava a 8. Essa era a minha posição. Mas depois, na Alemanha, puseram-me na frente e tive de melhorar outras coisas. Foi aí que comecei e olhava um pouco mais para o Suárez. Gostava muito do Suárez em miúdo, do estilo dele e do Benzema. Acho que esses dois estão mais próximos do meu estilo. Não sou nem Benzema nem Suárez, não é isso que estou a dizer, mas... Não se ganha apenas com eles. Ganha-se com estilos diferentes daquele que temos. Podemos aprender com todos os avançados», explicou Pavlidis, no Podcast Business Review Greece.

O alvo do Benfica reforça ideia: «Aprender com os melhores e até com os piores, basicamente. Porque não nos limitamos a melhorar. Quando vemos coisas boas, melhoramos. Quando reconheces o que o outro fez de errado, quando sabes que fazer a mesma coisa é errado, tentas evitá-lo. Tens algo a ganhar com todos. Tens de ser como uma esponja. Apanha tudo e melhora dentro e fora do campo e tenta ser o melhor e o mais preparado possível. Estar sempre pronto quando chega a altura de jogar.»

Pavlidis conta que nem sempre foi ponta de lança quando fez a formação. «Estava sempre a mudar de posição. Jogava a 4, jogava a extremo esquerdo. Jogava a 10, jogava a extremo direito. E não me importava. Porque, nessa idade, acho que o melhor é jogar, jogar, jogar, jogar, porque é assim que se melhora e o Real Madrid nos vai buscar. Um jogador só melhora com os jogos, e eu tive a sorte de jogar onde o treinador queria que eu jogasse. Se o treinador me queria a ala esquerdo, eu jogava a ala esquerdo. Quer-me a dez? Sou um dez. Quer um avançado? Eu até faço de guarda-redes se for preciso», sublinha.

Sem se deter, recordou: «Quando fui para o Alkmaar, disse que queria jogar a avançado-centro, que estava fora dessa posição, e eles disseram: 'Sim, e é por isso que te queremos'. No primeiro ano e meio, joguei a dez, joguei a avançado. Joguei a dez, joguei a avançado. E acho que me adapto melhor à posição de avançado centro.»

O internacional grego de 25 anos analisa o papel de um ponta de lança no futebol atual: «Felizmente ou infelizmente, foi nisto que o futebol se tornou. O trabalho do número 9 costumava de ser marcar golos. No entanto, atualmente, no futebol moderno, tens de desempenhar muitas outras funções. Claro que nenhum treinador, penso eu, atualmente, coloca jogadores que só possam fazer uma coisa. O futebol tornou-se tão rápido, é preciso ter boa resistência, é preciso ser tecnicamente bom, é preciso ser forte, é preciso marcar golos. É preciso fazer assistências. É preciso fazer tudo.»

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