Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, era um homem satisfeito no final da partida: «Foi um jogo equilibrado, bem jogado, com qualidade. O Estoril é uma equipa boa, com muitos bons intérpretes, que liga bem o jogo e que nos fez trabalhar imenso, o que valoriza ainda mais a nossa vitória. Nós trabalhámos muito, criámos muito no 1.º tempo, apesar da primeira oportunidade ser do Estoril, e voltámos a criar perigo no 2.º tempo, mas claro, jogando com o resultado. Tivemos de nos preocupar com outras coisas e conseguimos, com organização, manter os três pontos, a tal primeira vitória em casa que ainda não tinha vindo. Satisfeito com aquilo que os atletas fizeram, mas muita coisa para continuar a trabalhar e melhorar.» «As duas bolas mais perigosas do Estoril na 2.ª parte são de dois erros infantis nossos, duas perdas de bola. Não foi algo que o Estoril tivesse construído de trás, somos nós que perdemos duas bolas que não podemos perder, em que a temos controlada e entregamos mal, dando esses dois contra-ataques que o Vinícius tapou bem», disse ainda o técnico, destacando a exibição do seu guarda-redes. Pela primeira vez nesta temporada o Portimonense não sofreu golos, o que deixa o treinador satisfeito. «É muito importante não sofrer golos. Mas para todas as equipas da nossa dimensão, é muito difícil estar três ou quatro jogos seguidos sem sofrer golos. Todos nós queremos, mas o Benfica, FC Porto ou Sporting é normal que mantenham sequências de vários jogos sem sofrer golos. Nas equipas da nossa dimensão, isso não acontece com tanta frequência. Eu e todos os meus colegas andamos à procura desse desiderato, porque não queremos só ficar a não sofrer golos. E quando as nossas equipas se expõem para o jogo, muitas das vezes acontece isso, um passe errado, uma má decisão, gerando transições perigosas, como aconteceu nas ocasiões de que falava. Por vezes manter a baliza a zero é difícil, hoje conseguimo-lo. Ao elogiar a parte defensiva, obviamente, mas isso é um todo, começa lá à frente no Rildo, na forma como não queríamos que os centrais do Estoril não tivessem muito tempo para escolher o melhor passe. O Rildo trabalhou imenso a impedir que isso acontecesse, para que a bola não saísse limpa. Toda a gente trabalhou bem, daí a minha satisfação», reconheceu o treinador.