Paulo Fonseca pronto a lutar pela disciplina no plantel do AC Milan

Técnico português mostrou-se focado no espírito de grupo da equipa e, para isso, não descarta «punições»

A derrota com a Fiorentina (1-2) no último jogo do AC Milan antes da paragem para seleções deixou estragos no plantel rossonero que, este sábado, defronta a Udinese. Paulo Fonseca, técnico da equipa, afirmou, na antevisão à jornada 8 da Serie A, que há a possibilidade de alguns jogadores serem «castigados».

«O dia após o jogo com a Fiorentina correu bem porque não vi ninguém. Depois desse tipo de jogos, fico enraivecido e não gosto de ver ninguém. Ontem, conversámos muito sobre esse jogo. Se houver um problema, enfrento-o cara a cara, foi isso que fiz. Se vou punir alguém? Vamos ver... Penso muito no espírito coletivo, para mim, ninguém é mais importante que o Milan e, se alguém comete um erro, tem de ser responsabilizado.» Foi com estas palavras que o treinador português lançou a oitava ronda do campeonato e, segundo a imprensa italiana, elas têm destinatários: Fikayo Tomori ganhou um penálti em Florença, Abraham, com o apoio do central, assumiu a marcação, em vez do designado Christian Pulisic e falhou.

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Não foi, contudo, o único mal da equipa de Milão. «Em Florença, não perdemos apenas por problemas técnicos, mas, por exemplo, porque no primeiro tempo tivemos menos agressividade e menos vontade de correr. Não fomos agressivos, a tática não tem nada a ver com isso. Falei com Ibrahimovic [conselheiro do Milan] sobre isso», explicou Paulo Fonseca, que também destaca a falta de liderança interna: «Quando cheguei, o Milan já tinha três capitães, Theo Hernández, Rafael Leão e Calabria, aqueles com mais jogos no clube. Tenho que respeitar esse princípio, mas acho que a equipa precisa de mais liderança, principalmente no balneário. Precisamos de mais dois ou três e temos jogadores que podem ajudar.»

Paulo Fonseca ainda aproveitou as palavras de Reijnders, médio neerlandês, para falar do processo de consolidação de ideias que vai acontecendo no clube milanês: «É sempre difícil quando temos de mudar tanta coisa. Tenho que ser mais paciente do que estava à espera. Precisamos de mais tempo para mudar e já começamos a ver coisas importantes. Sei que há pouco tempo, mas tenho a certeza de que, no futuro, seremos uma equipa diferente.»