Paulinho alternativa a... Paulinho. A história repete-se ano após ano. É ele e mais dez. Tudo indica que esse cenário, porém, seja diferente em 2023/2024. Paulinho terá finalmente uma sombra no ataque, algo que não acontece, imagine-se, desde 2018/2019, quando ao serviço do SC Braga acabou com menos minutos do que Dyego Sousa, luso-brasileiro, na altura o concorrente direto nos minhotos. A partir daqui... foi sempre ele a assumir as rédeas. Como principal (e quase única...) referência ofensiva. Nos dois anos que se seguiram em Braga e no reinado em Alvalade nas últimas duas temporadas e meia. E se no emblema minhoto não deu qualquer hipótese à concorrência - apenas Rui Fonte lhe deu alguma luta na época 2019/2020 somando 1319 minutos (ele terminou com... 3705) -, desde que aterrou no clube leonino que a concorrência não passou de ameaças e soluções de recurso. Contratado em janeiro de 2021 - tornando-se na contratação mais dispendiosa dos leões a troco de €16 M -, Paulinho foi a tempo de se sagrar campeão, assumindo-se como peça fundamental e decisiva, pois, convém lembrar, até foi dele o golo (diante do Boavista) que acabaria por fechar as contas do título. Na época seguinte... manteve-se Tiago Tomás (que acabaria por sair em janeiro devido a falta de espaço...) e chegou um nome de peso, bem amado em Alvalade, Slimani. Uma história curta, que todos conhecem o final. E que envolveu Paulinho, pois o argelino queixou-se da preferência de Amorim pelo seu principal avançado a quem chegou a chamar de «o melhor 9 de Portugal». Pois bem, saiu Slimani, em conflito com o treinador, e não entrou... ninguém na última época. E a única ameaça de Paulinho na temporada passada acabaria mesmo por ser o ataque móvel - sem um avançado de referência e com uma aposta mais centrada na dinâmica ofensiva de nomes como Edwards, Trincão ou Pedro Gonçalves -, que serviu de solução em vários momentos da temporada, até porque Paulinho, recorde-se, ao contrário de anos anteriores, foi obrigado a parar em alguns períodos da temporada devido a problemas físicos. E foi durante uma dessas paragens, já na etapa final, que, de forma algo surpreendente até, emergiu Chermiti, jovem de apenas 18 anos, que após os elogios de Amorim (e uma renovação de contrato até 2027) acabaria por aparecer e deixar uma marca positiva. Mas que não foi suficiente para afastar o problema da eficácia tantas vezes identificado pelo técnico. Razão suficiente para renovar a aposta e dar agora, pela primeira vez, verdadeiro concorrente a Paulinho. Com Gyokeres na linha da frente. Para ser a sombra de Paulinho ou até... parceiro do português, caso Amorim tenha em mente uma mudança de sistema, um plano alternativo, com uma dupla atacante.
