Patrick Sequeira: «Keylor Navas disse-me que o Casa Pia era grande oportunidade»
Guarda-redes atravessa melhor momento da carreira; é titular da Costa Rica e carrega a responsabilidade de suceder a nome histórico...que lhe disse para assinar pelos gansos
Estreou-se oficialmente pelo Casa Pia num dos ambientes mais adversos do futebol português, o Estádio da Luz, ante o Benfica, e realizou uma boa exibição. Acha que esse foi o momento-chave para que segurasse o lugar?
O Benfica era um adversário muito complicado, é uma grande equipa, como é claro. Sinto que pelo menos em termos individuais estive bem e creio que sim, no final isso ajudou a que continuasse a jogar e também pela confiança que dei à equipa e ao mister. Sinto que o meu caráter e forma de ser faz com que goste de jogar em cenários grandes e contra boas equipas. Era um cenário bonito para jogar e mostrar um pouco do que estava a trabalhar.
Ganhou o lugar a Ricardo Batista, que foi o titular indiscutível na baliza do Casa Pia nas últimas quatro épocas. A qualidade do seu concorrente abrilhanta o feito que conseguiu? É demonstrativo da sua capacidade?
Sim, o Ricardo Batista é um grande companheiro e um grande guarda-redes: afinal manteve-se aqui durante muitos anos e isso demonstra a sua qualidade. Agora estou a jogar e tenho o apoio dele, também me ajuda bastante e nós os dois – os três, com o Daniel Azevedo - treinamos para isso, para ajudar a equipa e quem estiver melhor é sobre quem o mister tomará a decisão de colocar a jogar, sempre com o pressuposto de ajudar a equipa.
A baliza do Casa Pia é disputada pelos três – pelo Patrick, Ricardo Batista e Daniel Azevedo, que recentemente atuou frente ao Amora, na Taça de Portugal. Como avalia o setor dos guarda-redes do clube? Independentemente de quem jogue, a qualidade está garantida?
Sim, acredito que independentemente de quem jogue, somos três guarda-redes que estão preparados e qualquer que seja a decisão que o mister tome, fá-lo-á bem. O Batista tem muitos anos a grande nível, o Dani é um grande guarda-redes e eu trabalho para ser melhor. Então, qualquer um que jogue irá fazê-lo bem.
O Patrick foi eleito melhor em campo na vitória sobre o Nacional, pela Liga, e a equipa atravessa um bom momento. O sucesso coletivo aumenta a sua confiança?
Sim, está claro. Tudo isto dá muita confiança, a equipa continuar a somar muito é positivo e estamos a aproximar-nos do objetivo. Acredito que é muito importante para a confiança do grupo e para a minha também.
A equipa está a somente três pontos do oitavo lugar, mas também com os mesmos três pontos de vantagem para o penúltimo classificado. Esta Liga torna impossível relaxar?
É claro. Penso que esta é uma Liga muito competitiva e então não nos permite relaxar. Há que continuar assim, continuar a somar o mais que se possa para alcançarmos o objetivo.
O Patrick é o guarda-redes titular da Costa Rica, o que significa que é o sucessor do histórico Keylor Navas no seu país. Sente o peso dessa responsabilidade?
Quando o Keylor se retirou, antes de o fazer falou comigo. Disse-me que confiava em mim e que, após a sua retirada, eu jogasse, isso deu-me muita confiança porque há muita confiança. Tocou-me a mim jogar e as coisas estão a correr bem.
Como companheiro tão experimentado no futebol mundial, Navas transmitiu-lhe conselhos? Que relação mantém com ele?
Muitos. Acredito que o Keylor foi fundamental para a minha carreira e também para vir para aqui para o Casa Pia, também falei com ele e disse-me que era uma grande oportunidade e que tinha de tomá-la com muita seriedade e fazer as coisas bem. Lembro-me de muitos conselhos que me deu e estou muito contente por isso.
Sendo o Patrick costa-riquenho e guarda-redes, Navas é a sua referência? Ou tem outras?
A verdade é que olho para muitos guarda-redes. Realmente o Keylor é uma grande referência, mas também me fixo noutros guarda-redes e são muitos, não vou mencionar nenhum mas há muitos guarda-redes com grande história e isso também me ajuda bastante a evoluir.
Que objetivos alimenta para a Costa Rica nos próximos anos?
Agora classificámo-nos para a Nations League da CONCACAF e o mais imediato será disputarmos esses jogos. É claro que as eliminatórias de apuramento para o Mundial, que se jogam no próximo ano, são muito importantes e teremos de lá estar uma vez mais. É muito importante para nós podermos classificar-nos e estar em mais um Mundial.