Se não foi tudo perfeito andou lá muito perto Guerreiro agigantou-se no caminho para a Champions; Soube sofrer, teve a estrelinha que protege os grandes e depois chegou ao golo com classe; Jogo enorme em todos os sentidos Encontro de tão elevadas proporções exigia um Braga poderoso e determinado e o guerreiro teve na Grécia essa reclamada dimensão. Face a uma equipa de boa expressão e que ganha a característica dos gigantes com a proteção de uma das plateias mais fervorosas e intensas no mundo do futebol, o SC Braga foi a equipa que tinha de ser em todos os processos de jogo e no final dos 90 minutos os deuses concederam-lhe o prémio merecido, bafejando-o com a entrada no quadro principal da Liga dos Campeões. Recompensa mais do que justificada, atendendo ao esforço que os guerreiros tiveram de fazer no caminho para a glória.Um esforço monumental. Quando foi preciso correr eles correram, quando foi necessário convocar a alma ela surgiu em campo e até a clássica pontinha de sorte, que também conta muito para estas coisas, eles mereceram inteiramente. Todos estes detalhes são fundamentais para o sucesso de uma equipa no mundo louco do futebol, mas raramente acontecem ao mesmo tempo... No entanto, os arsenalistas conseguiram associar tudo. E até a forma como chegaram ao golo já perto do final concedeu ao seu jogo a linha colossal que faltava, com Bruma a fechar jogada de elevada expressão plástica com remate para o poste mais distante. O SC Braga deixou Atenas com um jogo em cheio, portanto, entrando na Champions de rompante e pela porta maior. Foi tudo muito bom, desde a forma como a equipa teve força moral para lidar com a incrível mola criada por 60 mil espectadores até ao modo como soube ser humilde e se prestou a sofrer. Se não foi tudo perfeito, como pedia Artur Jorge, andou lá muito, muito perto... Sim senhor, mas que grande Braga!