Uma curiosa e inusitada medida está, neste momento, a ser estudada pela Associação neerlandesa de futebol (KNVB): a abolição do fora de jogo. A medida, contudo, apenas seria implementada nas divisões amadoras do país e terá como objetivo reduzir o número de jogos interrompidos devido a violência gerada por decisões neste tipo de lance. Nos escalões mais baixos do futebol neerlandês não existem árbitros da KNVB e, por isso, os jogos são arbitrados pelos membros dos clubes, o que gera muita contestação. Só na temporada passada, foram interrompidos 1864 jogos devido a incidentes violentos, o que representa um aumento de 11% em relação à época anterior e de 58% num período de cinco anos. O The Guardian relata que, em 2012, um árbitro auxiliar neerlandês, que estava a arbitrar um jogo de futebol juvenil do seu filho, morreu depois de ter sido pontapeado e agredido por vários jogadores, que tinham entre 15 e 16 anos. O diretor da KNVB, Jan Dirk van der Zee, destacou a importância de resolver os conflitos violentos nas divisões amadoras: «É verdade que se trata de um número relativamente pequeno em comparação com os cerca de 780 mil jogos que se realizam anualmente, mas não vamos banalizá-lo. Temos um problema e queremos resolvê-lo. Não excluo a possibilidade de um dia deixarmos de utilizar árbitros assistentes».