O capitão do Benfica ficou negativamente ligado aos dois últimos jogos dos encarnados, derrota em Chaves (0-1) para a Liga e empate (3-3) com o Inter, que custou o adeus à Liga dos Campeões, e parece evidente que o momento de forma de Nico Otamendi não é o ideal. O central argentino de 35 anos falhou em Chaves, para a Liga, bem perto do final - não recebeu como pretendia e a bola sobrou para Abass, que bateu Vlachodimos, perto do final da partida -, já em Milão os erros não foram tão evidentes, mas fogem aos padrões do seu jogo, que costuma ser irrepreensível na marcação. Primeiro, perdeu no corpo a corpo com Dzeko, no início do lance do 0-1, no 0-2 estava a marcar Lautaro e tomou a decisão errada de deixar o compatriota solto no coração da área e no 0-3 levou simplesmente um nó de Correa. O desgaste, naturalmente, está lá e Otamendi não consegue disfarçá-lo, tal como outros elementos da equipa benfiquista, muito castigada pela pausa da segunda quinzena de março. Terá sido boa para a cabeça dos jogadores, mas do ponto de vista físico houve quebra evidente. No que diz respeito a Nico Otamendi, não houve pausa de seis dias - Roger Schmidt concedeu meia dúzia de folgas aos jogadores que não tiveram compromissos de seleções -, pois viajou para a Argentina, para marcar presença em duas partidas e assinalar uma vez mais a conquista do Campeonato do Mundo no Catar. O central benfiquista foi titular e jogou 50 minutos no amigável com Curaçau (7-0) e mais 45 minutos no particular com o Panamá (2-0). Não foram os encontros mais exigentes e tornou descontraída a presença na seleção, como se viu inclusivamente pelas publicações de vários futebolistas argentinos nas redes sociais. O primeiro jogo no regresso a Portugal correu bem - vitória sobre o Rio Ave (1-0) -, depois esteve na derrota da Luz com o FC Porto (1-2), mas com o estatuto de melhor do Benfica para A BOLA, não se notando qualquer fragilidade. Na receção ao Inter (0-2) também não falhou, pois nem sequer lá estava, dado que cumpria castigo, os sarilhos começaram subitamente em Trás-os-Montes e acentuaram-se em Itália. Leia mais na edição impressa ou subscreva a edição digital de A BOLA
