O Daily Mail traz, esta terça-feira, à luz alguns pormenores do documentário ‘Fever Pitch’, que será lançado em breve e terá como pano de fundo a saída de José Mourinho do Chelsea, em 2007, encerrando aí a primeira de duas passagens pelo clube. Peter Kenyon era o diretor desportivo na altura e admitiu que a ‘gota de água’ na paciência do português, hoje na Roma, foram as contratações do avançado Andriy Shevchenko – quando Mou tinha pedido um outro jogador – e a chegada de Avram Grant para a equipa técnica. «O sentimento que pairava no clube era de que tudo se estava a desenrolar um bocado. As pessoas viram a chegada de Grant como um ato de sabotagem, mas não se tratou disso. Não retirei poder ao treinador, mas não me parece que o José achasse que era necessário», disse Kenyon sobre a chegada de Grant, que mais tarde seria treinador principal. «Aquilo de que a equipa precisava não foi o que recebi», disse Mourinho no documentário, referindo-se à contratação do ucraniano. «Quando um treinador não está feliz e confortável, o trabalho é mais difícil. Estava a perder a alegria e outras pessoas começaram a ganhar influência. Conseguia sentir isso», disse ainda o treinador luso, antes de Kenyon recordar o dia da saída. «Estávamos no ginásio, o Mourinho chamou-me e disse-me ‘Pete, tira-me daqui!’. Foi a maneira de ele dizer que estava farto e tinha chegado ao fim. Juntámos todos os jogadores, de manhã. Chegaram a pensar que era mais uma sessão de treino, mas disse-lhes que o José tinha saído. Olhei e havia um choque completo», lembrou o antigo dirigente.
