O desejo de André Villas-Boas de dar o nome de Pinto da Costa ao museu do clube e lá expor o imenso espólio do dirigente mais titulado do mundo, e que em 42 anos na presidência do FC Porto ganhou 69 troféus no futebol, está pendente de questões burocráticas, mas que serão em breve ultrapassadas. Villas-Boas queria ter esse dossiê encerrado a tempo do 87.º aniversário de Pinto da Costa, que se celebra este sábado. Para além das negociações entre as partes diretamente envolvidas, foi necessário consultar uma terceira entidade, a Ithaka. Esta empresa detém 30% dos direitos económicos da Porto Stadco, uma sociedade criada após a cisão da Porto Comercial, responsável pela exploração comercial do Estádio do Dragão e que inclui também o museu. Recorde-se que, fruto desta parceria, inicialmente estabelecida por Pinto da Costa e posteriormente reforçada sob a liderança de Villas-Boas, o FC Porto recebeu €50 milhões em outubro passado. Apesar disso, o clube mantém total controlo sobre a gestão das operações do Estádio do Dragão, beneficiando da experiência da Ithaka neste tipo de negócios. Villas-Boas acredita que associar o nome de Pinto da Costa ao museu não só presta uma justa homenagem ao antigo presidente, como também reforça a relevância e atratividade deste espaço, um dos mais visitados da cidade por adeptos e turistas. Assim que todos os acordos e contratos forem formalizados, o projeto deverá ser lançado em janeiro, permitindo que Pinto da Costa receba esta homenagem enquanto goza de alguma saúde. O dirigente enfrenta um cancro na próstata e recuperou recentemente de uma operação a uma fratura no fémur.