— Que análise faz ao jogo e qual a importância desta vitória com uma boa exibição?— Fizemos boas primeira e segunda partes. Temos novamente uma entrada muito forte no jogo, com uma oportunidade aos quatro minutos, e conseguimos prolongar esse momento no tempo e a consequência disso foram os três golos. A ideia principal era entrar em jogo e o adversário sentir que estava a jogar a segunda parte [do jogo do campeonato] do Estádio da Luz. Esse é já o mote para o próximo jogo, na final, entrar em campo e sentir que o Sporting está a jogar contra nós a segunda parte [do jogo do campeonato] de Alvalade. — Conseguiu tirar partido da derrota com o SC Braga?— Às vezes temos de dar o peito às balas e uma das coisas que tenho consciência é que tenho de defender sempre os meus jogadores. Mas nunca fujo da realidade e se há coisa que sei fazer é preparar bem jogos, analisar as coisas de forma concreta e dizer aos meus jogadores quando as coisas estão bem e menos bem. Depois tenho este lado, gosto de proteger os meus jogadores, atirem as balas contra mim para eles estarem tranquilos, confortáveis, perceberem o que se passa no mundo real para fazerem exibições desta maneira. O que foi importante? olhámos para o jogo, aprendemos, refrescámos a equipa, com energia, e surpreender o adversário. Fizemo-lo na perfeição, nada ganhámos, passámos apenas a meia-final e agora queremos disputar o mais rápido possível a final. — Falou de dar o peito às balas. Sente-se injustiçado pelas críticas de que tem sido alvo? O balneário percebeu o recado de que só joga quem estiver no limite?— Já me conhece para perceber que ando sempre no limite e que as pessoas que andam comigo têm de andar sempre no limite — a forma como trabalho, como treino, como preparo os jogos. É isso que quero dos jogadores. Entrámos em setembro, não quero repetir-me, tínhamos um primeiro plano, conseguimos. Sinto que à medida que vamos trabalhando com os jogadores é importante eles saberem o que queremos, o que é jogar à Benfica, sempre com uma responsabilidade tremenda. O que o Andreas [Schjelderup] fez, o que o [Leandro] Barreiro tem feito quando joga… é os jogadores estarem disponíveis e corresponderem. O peito às balas e a pressão… sei conviver muito bem com a pressão, a equipa e o plantel também, o resultado de hoje foi a forma como jogámos. A equipa provou mais uma vez que sabe jogar bom futebol, criar várias oportunidades de golo, marcar, agora temos de continuar a trabalhar para termos consistência. Queremos ser mais consistentes a jogar de três em três dias. — A exibição de Schjelderup ajuda-o a ganhar mais oportunidade e confiança?— Claro que sim, como ajudou o Barreiro, o Zeki [Amdouni]. É isso que quero. Também conhecer melhor os jogadores, os jogadores conhecerem melhor as ideias. E é importante todos perceberem o que é jogar à Benfica, a mentalidade vencedora parte de mim, da sequências que quero de ganhar jogos. Eles têm de sentir que aqui tem de haver uma mentalidade campeã, de campeão, de jogar à Benfica. Estamos satisfeitos com o resultado, mas o que mais queremos é vencer o título no sábado contra o Sporting.