Espera-se uma noite fria, com uma temperatura à hora do jogo a rondar os zero graus mas com uma sensação térmica de -4, e por isso Roberto Martínez quer intensidade ao máximo para combater este elemento. E entende o selecionador nacional que para ter a equipa no topo dos níveis físicos precisará de fazer alterações. Não muitas, apenas as necessárias (a gente «fresca» de que fez alusão na conferência de imprensa) para não perder a estabilidade numa fase em que não há tempo para experimentalismos - continuidade é a chave do processo. Face ao jogo frente ao Liechtenstein é previsível a entrada no onze de Nuno Mendes e António Silva para o lugar de Raphael Guerreiro e Gonçalo Inácio, e no ataque João Félix pode ceder posição a Rafael Leão, substituição que ocorreu na segunda parte na partida de Alvalade. Quanto ao resto da estrutura, é provável que se mantenha. A defesa não foi muito exposta na quinta-feira, tal como Palhinha, médio defensivo que compensa as subidas de João Cancelo; o lateral emprestado pelo Manchester City ao Bayern, apesar de mais desgastado, ficou moralizado com a exibição na última partida e esse é um capital que o treinador espanhol não quer perder; Bruno Fernandes e Bernardo Silva são indiscutíveis; Cristiano Ronaldo... é Cristiano Ronaldo: apesar dos 38 anos, o regresso aos golos diante do Liechtenstein (em dose dupla), a energia que vai criar num estádio com milhares de adeptos portugueses e o facto de o Luxemburgo ser a maior vítima entre as 47 seleções a quem já marcou (faturou por nove vezes) são motivos suficientes para acreditar que Roberto Martínez vai manter o capitão no onze titular, embora seja pouco crível que jogue os 90 minutos - Gonçalo Ramos está sempre à espreita.
