Muda o palco, do Estádio José Alvalade em Lisboa para o Dom Afonso Henriques em Guimarães, mas os interpretes do Sporting devem ser os mesmos que iniciaram o dérbi com o Benfica (1-0) e que tão bem jogaram na primeira parte. O maestro Rui Borges quer a orquestra afinada e continuou a ensaiar a mesma equipa durante a semana. Foi com surpresa que Rui Borges desenhou a equipa num 4x4x2 ou 4x3x3, dependendo do prisma defensivo ou atacante com que se olhe para o dérbi, abandonando o 3x4x3 implementado no Sporting por Ruben Amorim e que durou quase cinco anos. Para isso foi preciso fazer algumas adaptações, porque o plantel está construído para o esquema do anterior treinador, agora no Manchester United, e a falta, por exemplo, de laterais-direitos de raiz torna-se evidente — ainda para mais com Fresneda a ser a avaliado pelo novo treinador e com Ricardo Esgaio castigado. Eduardo Quaresma foi a aposta na direita e assim deve continuar a ser, apesar de ter saído do dérbi aos 70', exausto. Ainda na defesa, mas agora na esquerda, Matheus Reis no papel de lateral que também conhece bem — até porque não há Nuno Santos, ala que recupera de lesão de longa duração. St. Juste e Diomande formam a dupla central, com Zeno Debast a ser opção a partir do banco de suplentes e com Gonçalo Inácio ainda fora das contas, a recuperar de entorse no tornozelo esquerdo. Atrás do quarteto defensivo, o guarda-redes Franco Israel. Na linha de quatro no meio campo, Geny Catamo na direita, autor do único golo no dérbi de domingo e que está pronto para subir no terreno até zonas de finalização. Na esquerda, o jovem Geovany Quenda a fazer o mesmo papel do moçambicano, procurando a oportunidade para marcar ou servir. No miolo, capitão Hjulmand e Hidemasa Morita, que voltou após lesão no jogo com o Benfica e hoje deve já apresentar índices físicos superiores para ter fôlego durante mais tempo frente ao Vitória — Daniel Bragança ainda recupera de lesão muscular. Quem também recupera de lesão muscular é Pedro Gonçalves. Mas apesar de já ir ao relvado não pode ainda jogar em Guimarães. Na frente, Gyokeres é inevitável. E não menos inevitável é Trincão, a realizar grande temporada e agora com nova função, a atacar mas também a surgir a reforçar zona mais central para criar desequilíbrios.