1. Boa dinâmica O Benfica recebia na Luz o líder do campeonato e isso foi o suficiente para se antecipar um bom jogo de futebol, que atraiu muita gente às bancadas do estádio: Ambiente estava fantástico. O Benfica apresentou-se com o mesmo sistema tático de sempre, 4x2x3x1, com as mesmas dinâmicas defensivas (mesmo com Aursnes a lateral esquerdo) e ofensivas. Ou seja a dar um cheirinho daquilo que de bom produziu na temporada passada. O_V. Guimarães montou a equipa em 5x4x1, tentando fechar-se às previsíveis investidas do Benfica. Mas o mistério na Luz só durou até ao minuto 19. A partir daí percebeu-se que a questão era apenas perceber por quantos venceria o Benfica. 2. Jogo partido O V. Guimarães até começou bem a partida, a forçar o Benfica ao erro. Perante um adversário bem posicionado, a equipa encarnada emperrava na progressão e nos instantes iniciais procurou até o jogo direto, percebendo-se que aquilo que estava a passar-se no relvado era um jogo estranhamente muito partido desde muito cedo. Mas numa jogada de Rafa pela direita, a bola chegou a Di María que no cruzamento delicioso obrigou o infortúnio de Jorge Fernandes para o auto golo. A partir daí o Benfica galvanizou-se, soltou-se e pouco depois surgiu a justa expulsão de João Mendes, algo que deixou a equipa minhota muito afetada e com toda a estratégia atirada por água abaixo. O Benfica carregou e foi construindo a sua supremacia, com Kokçu a obter um grande, grande golo, daqueles de levantar qualquer estádio. 3. Vitória escapou a goleada maior O V. Guimarães regressou do intervalo apostando num 4x4x1 e se sonhava com algum tipo de reação, rapidamente esse sonho se transformou em pesadelo, uma vez que logo no primeiro minuto do reinício sofreu o quarto golo. O massacre continuou até ao final com Musa e João Mário a terem oportunidades para aumentar a contagem. Só deu Benfica e o Vitória só não foi mais massacrado (leia-se goleado) porque Roger Schmidt demorou a fazer algumas substituições: Devia ter colocado mais cedo alguns jogadores mais frescos que estavam no banco, como por exemplo David Neres. O jogo estava partido e portanto de feição para o brasileiro. Mas os campeões nacionais venceram bem. Verdade que pode ter sido uma goleada facilitada, mas houve momentos muito com muitos toques artísticos... e o Rafa de sempre, que para mim foi o melhor jogador em campo. Houve Di María em evidência, a marcar e a assistir, mas nem sempre os que marcam os golos são os melhores: Com bola e espaço, foi Rafa quem desenvolveu o Benfica num futebol mais rápido e mais atrativo. 4. Problema lateral do Benfica Com Jurásek lesionado e sem mais nenhum lateral esquerdo de raíz após a saída de Ristic, Roger Schmidt voltou a entregar a lateral canhota a Fredrik Aursnes, o que que para mim é um verdadeiro crime, não lembra a ninguém e é uma situação que terá de resolver-se rapidamente... veremos de Juan Bernat será a solução (não sei como está fisicamente). Não está em causa a valia de Aursnes, é um polivalente e um excelente jogador, não defende mal, mas não tem rotina e naquele setor tão específico e não tendo essas rotinas, quando apanhar equipa com outros objetivos, será um problema… O Benfica precisa de um lateral de raiz para manter a defesa equilibrada e um rendimento superior. Veremos após a paragem como surgem Jurásek e também Bernat. Schmidt tem de aproveitar o que Aursnes tem de bom e naquele setor ele perde-se. Sou um defensor acérrimo que o norueguês será muito mais útil no meio-campo juntamente com Kokçu e João Neves: Que forte seria esse miolo!