Quebrar um jejum de 43 anos do West Ham sem ganhar um título, pois o último dos campeões europeus de 1965 (2-0 ao 1860 Munique, na final, em Estugarda) foi a FA Cup (Taça de Inglaterra), em 1980, é desafio que baste para o escocês David Moyes, treinador do clube londrino, sublinhar a importância da decisão da Liga Conferência UEFA, ante a Fiorentina (Itália). «Chegar a uma final europeia aos 60 anos e ao fim de quase 25 anos como treinador é um desafio. Seja para um técnico novo ou para um mais experiente, aliás, atingir uma final europeia é um dos pináculos do futebol. Será só o princípio de algo. Estou a adorar. Fizemos demasiadas coisas bem feitas esta época para pararmos agora. O melhor está para vir», disse esta terça-feira em Praga aos jornalistas o escocês que orienta os ‘hammers’, na conferência de imprensa de antevisão da Liga Conferência UEFA, na quarta-feira, dia 7, na Eden Arena da capital checa, diante da equipa ‘viola’ (21 horas locais, menos uma em Portugal continental). Motivação extra será ter o pai, David Senior, de 87 anos, entre os 20 mil espectadores nas bancadas da Eden Arena. «O meu pai vai cá estar amanhã [quarta-feira]. Quero dar-lhe algo de que se lembre para o resto dos seus dias, uma alegria para a vida. Será a maior noite da minha carreira», revelou, citado na BBC. O técnico do clube inglês recordou ainda a provocação feita aos checos do plantel, o defesa Vladimir Coufal e o médio Tomas Soucek, há um ano, quando soube que a final da prova europeia era em Praga. «Disse-lhes logo que tinha de ser objetivo especial para esta temporada, jogarem uma final no país deles. É a chance de voltarmos a levantar um troféu, só por isso já seria especial, mas, neste caso, ainda mais por ser em Praga», concluiu David Moyes, o primeiro técnico nos últimos 47 anos a levar o West Ham a uma final europeia, desde a final da já extinta Taça dos Vencedores das Taças de 1975/76, quando os ‘hammers’ foram batidos pelo Anderlecht (Bélgica) por 2-4 no já demolido Estádio do Heysel, em Bruxelas.
