O regresso do SC Braga a casa depois da derrota em Florença (2-3) foi um pouco doloroso e destapou uma realidade padrão nas provas europeias. Quando se segue em frente as viagens de volta a casa são uma maravilha, mas quando se fica pelo caminho a desilusão domina e a jornada de regresso dos guerreiros foi difícil e longa, apesar de a duração do voo ter ultrapassado à tangente as duas horas. Naturalmente, António Salvador apresentava semblante carregado de deceção. O líder dos arsenalistas celebra duas décadas de presidência e desejava resultado a combinar com data tão relevante, mas a derrota com a Fiorentina bloqueou esse impulso e a viagem de volta a casa foi um pouco angustiante para Salvador. Apesar da previsível eliminação na Liga Conferência face ao resultado da primeira volta (0-4), o desaire em Florença custou muito, atendendo sobretudo às circunstâncias do jogo. Aos 34 minutos o SC Braga vencia por 2-0, mas a sete minutos do final sofreu o terceiro golo e saiu da prova depois de tocar na glória. Foi a segunda vez na época que os guerreiros consentiram uma reviravolta a seguir ao desaire em outubro frente ao Saint-Gilloise para a Liga Europa. O resultado em Itália deixou também momentâneo rasto de deceção na equipa técnica e no grupo de trabalho e a viagem de regresso a casa fez-se em silêncio quase absoluto, os jogadores passaram o voo a dormir ou a ouvir música. Já no trajeto descendente, a típica mensagem do comandante do aparelho, a desejar felicidades para os compromissos seguintes, foi o momento mais moralizador do dia. E lembrou aos guerreiros que não há muito tempo a perder. Depois da eliminação europeia, o SC Braga está ativo em duas frentes e é para Liga e Taça de Portugal que passam a ser concentradas todas as energias. As perspetivas de entrada na Champions continua muito em aberto e na prova rainha os guerreiros defrontam o Nacional nas meias-finais, assumindo, portanto, ambições fortíssimas nas provas que lhes restam.
