Zlatko Zahovic jogou e brilhou no Vitória de Guimarães na década de 1990 e apesar de ter passado por FC Porto e Benfica a paixão pelos conquistadores ficou-lhe para sempre assegurando que será «vitoriano para o resto da vida». A conversa com o esloveno acontece quando o conjunto minhoto defronta esta quinta-feira o NK Celje para a 2.ª mão da 2.ª pré-eliminatória da Liga Conferência, desafio que o antigo médio aponta os vitorianos como favoritos e que o Celje «vai passar por um mau bocado». «Todos os cuidados são poucos contra essa equipa. Nesta fase de qualificação, as equipas ainda estão no início e, naturalmente, o Vitória pode estar um pouco sem ritmo. O Celje tem qualidade, mas, em Guimarães, naquele estádio e com aquele ambiente, o Celje vai ter, no entanto, uma tarefa muito complicada e muito difícil. Vão passar um mau bocado», referiu Zahovic ao site do Vitória. «Tenho a certeza de que o Vitória voltará a ganhar. Tem muito mais qualidade e teve tempo suficiente para melhorar e corrigir os erros que cometeu na primeira mão. Não tenho dúvidas de que o Celje vai passar por um mau bocado. É um jogo europeu especial, dá prestígio e o Celje vai jogar num ambiente infernal. Isso dá muita energia aos jogadores da casa. Vão sentir-se muito importantes e fortes, rumo ao caminho certo: isso dá muita confiança e vontade de satisfazer os adeptos», sublinhou. Na Eslovénia, os minhotos marcaram quatro golos mas permitiram ao Celje fazer três, o que leva Zahovic ao seguinte comentário: «Notei alguma falta de ritmo no primeiro jogo, mas a equipa é muito boa em termos técnicos. Tem vários jovens e todos de muita qualidade. Quando acertar na fase defensiva, o Vitória irá tornar-se uma grande equipa.» E destaca um nome: «O Jota Silva impressionou-me pela velocidade. Como ainda só tem 23 anos, vai fazer uma boa carreira e não me surpreende nada que tenha jogado no Campeonato de Portugal. O futebol português tem tanta qualidade e talentos…. Qualquer jogador português é bom de bola.» Zahovic manteve-se sempre atento ao futebol português e ao Vitória e por isso conhece o atual treinador: «Lembro-me bem de ver jogar o Moreno, como central e médio-defensivo. É muito importante que a equipa tenha um treinador que conheça bem a mística do Vitória. Trata-se de um clube especial. Quem não conhecer bem o pensamento daquelas pessoas não tem tarefa fácil. Há sempre dias difíceis e o conhecimento que o Moreno tem sobre o clube ajuda-o a tomar as decisões mais adequadas».
