Pedro Proença esteve no Sports Summit, encontro da indústria do futebol, em São Paulo, no Brasil, a defender o modelo da centralização dos direitos audiovisuais. «O 25 de abril de 1974 é a nossa revolução política e social, o 22 de março é a data da revolução do futebol português», disse o presidente da Liga Portugal, referindo-se à aprovação na Assembleia da República do modelo de centralização. Em comunicação sob o título «Liga Portugal: os impactos da venda centralizada de direitos em uma liga de impacto global» revelou que «se o valor potencial do futebol português é de 176 milhões hoje, pode passar a 325 milhões com esse modelo». E acrescentou: «O modelo que queremos é aquele que se usa em toda a Europa», lembrando que «apenas Portugal e Chipre ainda não centralizaram, 50% divididos, 25% por performance, 25% por força social». O antigo árbitro destacou ainda o papel de Javier Tebas, em Espanha, a convencer Barcelona e Real Madrid, «o Benfica, FC Porto e Sporting de lá», a aderirem ao modelo. Por outro lado, disse que «Portugal é um mercado alimentador das big five e, graças ao scouting e às extraordinárias academias, somos imbatíveis na criação de talentos, com 71 jogadores nas big five, mas não apenas jogadores, também treinadores, incluindo aqui no Brasil». Proença disse ainda que quando chegou em 2015 à liderança da Liga «a instituição estava num quadro de insolvência». Traçou assim o retrato da Liga: «Hoje recuperámos a marca e defendemos que, se temos bons jogadores e bons treinadores, temos de ter também bons dirigentes; a propósito, fomos a primeira liga internacional a ter a norma anticorrupção e com esta construção de um modelo tornámo-nos uma liga pujante, robusta, profissionalizada».
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